Presidente da CPI pede para tirar algemas de Delgatti em depoimento
O hacker da Vaza Jato, preso por invadir o sistema do CNJ e incluir mandado de prisão falso de Alexandre de Moraes, deu depoimento nesta 5ª
atualizado
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O hacker da Vaza Jato, que está preso por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Walter Delgatti Neto, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), da Penitenciária de Araraquara, em São Paulo.
No início da oitiva, realizada por videoconferência, a defesa de Delgatti pediu que as algemas fossem retiradas.
O presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), solicitou à direção do presídio para retirar o item, pedido que foi atendido no mesmo instante.
“Eu peço ao diretor do presídio para que tire as algemas porque a gente aqui não ouve ninguém algemado. Tenho certeza de que ele não irá fugir. Se ele estivesse aqui no plenário também não estaria algemado”, afirmou o parlamentar.
Veja o vídeo:
Quem é
Delgatti foi preso no último dia 2 de agosto de 2023, por invasão aos sistemas do CNJ e inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Mas o hacker ficou conhecido nacionalmente por invadir celulares de integrantes da Operação Lava Jato e divulgar os dados das autoridades, incluindo o ex-juiz e atual senador Sergio Moro.
As conversas sugerem, entre outros pontos, que Moro teria auxiliado membros do MP a construir casos e agido com parcialidade contra réus.
No dia 21 de agosto, a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal condenou Delgatti e mais seis investigados. O foi condenado a 20 anos, 1 mês e 736 dias-multa pelos crimes de organização criminosa, lavagem e ocultação de bens, direitos e valores.
Ele também foi considerado culpado por invadir dispositivo informático de uso alheio com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita, além de realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial.