Preparar, apontar. Primeiras testemunhas na ação que acusa o deputado Fraga de ter recebido propina são ouvidas no STF

O Supremo Tribunal Federal realizou nesta quarta-feira audiência para ouvir as primeiras testemunhas do caso em que o deputado Alberto Fraga (DEM) é acusado pelo suposto crime de concussão quando era secretário de Transportes do DF, em 2008. De acordo com denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o presidente da “Bancada da Bala” na Câmara dos Deputados teria exigido vantagem indevida em razão do cargo para a assinatura de contratos de adesão entre o GDF e uma cooperativa de transportes.

O deputado teria recebido R$ 350 mil por intermédio do motorista da época, Afonso Andrade de Moura. No início de novembro, o relator da ação penal 911, ministro Teori Zavascki havia convocado cinco testemunhas para as 11h desta terça. A audiência ocorreu em sigilo. Os convocados foram Amanda Sanches Lima, André Sala, o delegado Flamarion Vidal Araújo, Josenildo Batista dos Santos e Ranulfo Alves de Oliveira.

Esse é o início da ação no STF. Primeiro ouve-se as testemunhas de acusação. Depois, virão as de defesa e a fase processual de diligências. “Estamos tranquilos. Achamos que as provas a serem discutidas mais para frente não são suficientes”, afirmou o advogado de defesa de Alberto Fraga, Everardo Ribeiro.

Com reportagem de Manoela Alcântara.