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PPCub prevê mais moradias perto do Alvorada e às margens do Lago Paranoá

O PPCub permite que lotes destinados a clubes sejam transformados em prédios com apartamentos para moradia às margens do Lago Paranoá

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Imagem de satélite mostra Trecho 4 do Setor de Clubes Esportivos Sul
1 de 1 Imagem de satélite mostra Trecho 4 do Setor de Clubes Esportivos Sul - Foto: Arte/Metrópoles

As margens do Lago Paranoá vão abrigar mais milhares de moradores, de acordo com permissão dada pelo Plano de “Preservação” do Conjunto Urbanística de Brasília (PPCub).

O PPCub, previsto para ser votado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta quarta-feira (19/6), autoriza moradias em hotéis e apart-hotéis do Trecho 4 do Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES). Na região, existem ao menos dois prédios com centenas de apartamentos e há mais três terrenos de clube que podem ser transformados em moradia, com capacidade para 5 mil apartamentos e mais 20 mil pessoas.

Tal aumento da população teria impacto direto no trânsito da região e no Lago Paranoá, que integra o Conjunto Urbanístico de Brasília, Patrimônio da Humanidade tombado e protegido por lei.

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O aumento do número de moradias no setor dificultará o acesso da população ao Lago Paranoá e poderá impactar a segurança nacional, devido à proximidade dos lotes com o Palácio da Alvorada, onde mora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com o Palácio do Jaburu, de acordo com um parecer assinado pelos deputados distritais Chico Vigilante e Ricardo Vale, ambos do PT.

O PPCub avança com previsão de mais ocupação perto do Lago Paranoá e autoriza a criação de um lote gigante, de 331,5 mil metros quadrados, no Trecho 3 do Setor de Clubes Esportivos Sul, para futuramente parcelar o local e permitir atividades na área verde.

O PPCub trai o próprio nome e abre portas para mudanças radicais na atual ocupação territorial do Plano Piloto. O Metrópoles tem publicado, desde a semana passada, uma série de reportagens sobre esse projeto de lei complementar – que está em vias de ser votado na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (Seduh) disse que a flexibilização de usos e atividades tem como base “as transformações da dinâmica urbana, ao longo dos anos, observando e restringindo algumas atividades que impactam o setor”.

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Segundo a pasta, apesar de mais moradias na área, “estabelecimento de usos obrigatórios e complementares” são autorizados “no intuito de preservar a característica relevante deste setor às margens do Lago Paranoá, componente da escala bucólica e, desse modo, garantir a preservação das características fundamentais do CUB”.

Sobre o novo lote de 331,5 mil metros quadrados, a Seduh disse que “os usos e as atividades serão analisados e aprovados pelos órgãos distritais de preservação do CUB (Seduh e Secec) e pelo Iphan, seguindo ao rito aplicável à criação de lotes”.

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