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Policiais marcam carreata no DF e manifestação em todo país

Entidades que representam policiais decidiram convocar a categoria para atos contra o congelamento de salários previsto na PEC Emergencial

atualizado

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MICHAEL MELO/METRÓPOLES
Policiais civis do DF
1 de 1 Policiais civis do DF - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

As entidades que integram União dos Policiais do Brasil (UPB) decidiram, nesta quinta-feira (11/3), mobilizar a categoria para promover protestos contra o congelamento de salários e a proibição de novas contratações e de progressão de carreira autorizadas pela PEC Emergencial.

Ficou agendada a realização de uma carreata a partir das 14h da próxima quarta-feira (17/3), em Brasília. A concentração do evento será no Estádio Mané Garrincha. No dia 22 de março, haverá manifestações em frente a unidades policiais de todo o país, entre 15h e 16h.

A Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o retorno do auxílio e o congelamento de salário de servidores em caso de estado de calamidade, por exemplo. Além dos atos contra as restrições impostas pelo projeto, as organizações que representam os policiais decidiram atuar a favor dos destaques à PEC que garantem progressões e promoções, recomposição salarial e contratação de novos servidores.

Representantes das entidades que compõem a UPB se reuniram nesta quinta-feira, na sede da Associação dos Peritos Criminais Federais (APCF), em Brasília. Presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), o delegado Rafael Sampaio disse que os policiais estão altamente expostos ao novo coronavírus.

“Eles não pararam durante a pandemia, estão submetidos a um índice de contaminação por Covid-19, muito superior ao do cidadão, estão mantendo a ordem e garantindo o cumprimento das normas sanitárias, mas o que estão recebendo em troca é serem vacinados após os presos e congelamento de contratações e salários em critérios permanentes”, afirmou Sampaio.

Em nota, a UPB disse que a PEC Emergencial “desestrutura o serviço público ao vedar, por até 15 anos, as recomposições, já congeladas desde 2016, promoções e progressões e contratação de servidores, levando ao sucateamento dos órgãos e, notadamente da segurança pública brasileira, que, mesmo durante a pandemia, não paralisou suas ações, mantendo o trabalho presencial, a proteção à população e o combate ao crime organizado”.

Segundo a União, “as medidas de enfraquecimento do serviço público, e em especial da segurança pública, divergem do interesse do povo brasileiro e em nada se coadunam com as inúmeras promessas de campanha feitas no sentido de fortalecimento dos policiais brasileiros”.

“Por tais motivos, diante da inércia do governo e da tentativa de desinformar a população brasileira da realidade e da importância do serviço público, manifestamos profundo repúdio à forma como os servidores, dentre eles os profissionais de segurança pública, vêm sendo tratados e anunciamos que a mobilização de todas as categorias se inicia imediatamente”, pontuou.

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