Polêmica: comandante da PMGO chama desfile da Vai-Vai de “repulsivo”
Comandante-geral da Polícia Militar de Goiás divulgou nota de repúdio contra desfile de ala da Vai-Vai que representou PMs como demônios
atualizado
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Após delegados da Polícia Civil de São Paulo repudiarem o desfile da Vai-Vai que representou policiais militares do Batalhão de Choque com chifres e asas vermelhas, o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás (PMGO), coronel André Henrique Avelar de Sousa, também saiu em defesa das PMs do país.
O oficial, que é especialista em Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) e operações de Choque, também atuou como instrutor de disciplinas operacionais e de tiro em cursos de formação da PMGO e da Força Nacional de Segurança Pública.
Por meio de nota de repúdio, o chefe da corporação goiana desde abril de 2022 chamou o desfile da escola de samba, que ocorreu no último sábado (10/2), de “repulsivo” e “lamentável incidente”.
“É com veemente indignação que a Polícia Militar de Goiás externa a rejeição categórica à desrespeitosa e inadmissível alusão promovida pela Vai-Vai”, diz trecho da nota assinada pelo comandante-geral.
André Henrique afirmou que, “com a justificativa de dar voz à sua ‘expressão artística’, os responsáveis pelo desfile dessa agremiação transpuseram as fronteiras do bom senso e da responsabilidade, propagando uma interpretação distorcida e tendenciosa das atividades de uma instituição fundamental para a salvaguarda dos direitos e garantias fundamentais e para a completa concretização da cidadania”.
“É especialmente repulsivo que esse lamentável incidente ocorra precisamente no momento em que inúmeros profissionais das polícias militares, homens e mulheres dedicados, estão comprometidos com a segurança e o resguardo de milhões de cidadãos em todas as regiões do país, durante as festividades carnavalescas”, escreveu.
A ala criticada pelos policiais é a intitulada “Sobrevivendo no Inferno”, nome do segundo álbum de estúdio do grupo de rap Racionais MC’s.
Após as críticas, a Vai-Vai justificou que, “neste recorte histórico da década de 1990, a segurança pública no estado de São Paulo era uma questão importante e latente, com índices altíssimos de mortalidade da população preta e periférica”.