PGR diz que comandante-geral da PMDF retardou fornecimento de documentos ao STF
O coronel Klepter Rosa Gonçalves, atual comandante-geral da PMDF, foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou, na denúncia contra sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que integravam a cúpula da corporação durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que o coronel Klepter Rosa Gonçalves retardou o fornecimento de documentos requisitados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O coronel Klepter era subcomandante-geral da PMDF em 8 de janeiro e tornou-se comandante-geral em 15 de fevereiro de 2023. Ele foi preso no âmbito da operação da Polícia Federal autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira (18/8).
Segundo a acusação, Klepter demorou a enviar documentos solicitados pelo STF, no inquérito que apura a responsabilidade pela invasão às sedes dos Três Poderes, com objetivo de prejudicar e retardar as investigações.
A PGR denunciou e pediu a prisão dos seguintes oficiais:
- coronel Fábio Augusto Vieira: comandante-geral da PMDF em 8 de janeiro de 2023;
- coronel Klepter Rosa Gonçalves: subcomandante da PMDF na mesma data e nomeado para o cargo de comandante-geral em 15 de fevereiro seguinte;
- coronel Jorge Eduardo Naime Barreto: comandante do Departamento de Operações da PMDF em 8/1, mas havia entrado de licença em 3 de janeiro;
- coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra: comandante do Departamento de Operações da corporação, no lugar de Naime, em 8/1;
- coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues: chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF em 8 de janeiro de 2023;
- major Flávio Silvestre de Alencar: atuou em 8 de janeiro de 2023; e
- tenente Rafael Pereira Martins: atuou em 8/1.
Atualmente, o coronel Jorge Eduardo Naime e o major Flávio Silvestre de Alencar estão presos; a Procuradoria-Geral da República pediu a manutenção da prisão.
O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos acusa os oficiais de omissão. No entendimento da PGR, os sete policiais que integravam a cúpula da PMDF poderiam ter agido para evitar a invasão às sedes dos Três Poderes.
O outro lado
A Polícia Militar do Distrito Federal disse, em nota, que a Corregedoria da PMDF acompanha o andamento da operação da PF. “Quaisquer demandas acerca dos acontecimentos devem ser encaminhadas àquele órgão”, declarou.