Pesquisa causa confusão e pedido para cassar chapa nas eleições do CFM
Instituto apontado como autor da pesquisa eleitoral negou que tivesse feito estudo, mas, depois, retificou informação e explicou confusão
atualizado
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A divulgação de uma pesquisa eleitoral causou confusão e deu origem ao pedido de cassação da Chapa 1 que concorre ao Conselho Federal de Medicina (CFM) pelo Distrito Federal.
As eleições para os cargos de conselheiros do CFM vão ocorrer on-line, das 8h às 20h, na próxima terça (6/8) e quarta-feiras (7/8). Médicos de todos os estados e do DF em situação regular no conselho poderão votar para escolher conselheiros titulares e suplentes.
A Chapa 1 – Reunir & Trabalhar tem Rosylane Rocha como candidata a conselheira titular e Sérgio Tamura para o cargo de suplente.
Atual segunda-vice-presidente do CFM, Rosylane esteve envolvida em polêmica em 2023, ao fazer uma série de publicações com imagens das invasões às sedes dos Três Poderes, inclusive com um comentário de “agora vai” acompanhado de uma foto que mostra o Congresso Nacional tomado por pessoas, em 8 de janeiro daquele ano. À época, ela atuava como presidente interina do conselho.
Na disputa pelo CFM, Rosylane enviou a um contato do WhatsApp uma imagem com a informação de que ela e o atual candidato a suplente tinham 55,1% das intenções de voto.
O Exata OP, instituto indicado como responsável pela pesquisa eleitoral, inicialmente negou ter elaborado o levantamento, o que causou alvoroço entre médicos do DF.
Nessa quarta-feira (31/7), a Chapa 3 – União e Compromisso, formada pelos médicos Farid Buitrago e Isadora Calvo, protocolou um pedido de cassação da Chapa 1. Os candidatos alegaram que os adversários divulgaram fake news, o que desrespeita resolução do CFM sobre as eleições internas.
A dupla da Chapa 3 ainda pediu o encaminhamento da cópia dos autos ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF), para que apurem “eventuais infrações penais relacionadas à produção e à disseminação de informações falsas no contexto eleitoral”.
Contudo, à noite, o Exata OP retificou a declaração de que não elaborou a pesquisa. Por meio de nota, o diretor do instituto, Marcus Caldas, afirmou que o resultado divulgado pela candidata se trata de uma adaptação dos dados de levantamento feito pela empresa entre 29 de junho e 8 de julho.
“A pesquisa que consta no post tem os números baseados na pesquisa produzida por nós no período de 29/6/2024 a 8/7/2024. Porém, os números válidos foram calculados pelo Grupo Brasília, não por nós; por isso, inicialmente, não reconhecemos os números, além de não termos sido informados anteriormente de que a pesquisa seria divulgada. No entanto, os números válidos calculados pelo Grupo Brasília conferem com a realidade do dia 8/7/2024 e [estão] de acordo com a pesquisa por nós realizada”, detalhou Marcus Caldas.
Rosylane disse à coluna Grande Angular que “esse tipo de confusão não engrandece o debate político no meio médico” e repete equívocos “que estamos acostumados a ver nas eleições convencionais”.
Também concorrem ao CFM pelo DF os médicos Beatriz Mac Dowell e Ricardo Martins, que compõem a Chapa 2 – Ciência, Ética e Dignidade.
