metropoles.com

Parlamentares do DF revoltam-se com proposta do governo federal de parcelar reajuste da segurança

O governo federal propôs pagar, em 2023, 9% de aumento aos policiais civis, militares e bombeiros do DF, mais 4,5%, em 2024, e 4,5% em 2025

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Policiais militares do DF
1 de 1 Policiais militares do DF - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os parlamentares do DF que participaram da reunião com representantes do governo federal, na tarde desta quinta-feira (1º/6), revoltaram-se com a proposta de divisão do reajuste das forças de segurança do DF, de 18%, em três parcelas.

A bancada da capital do país cobra pagamento do aumento de uma única só vez, sob argumento de que o Fundo Constitucional do DF tem capacidade para bancar a recomposição sem necessidade de aporte a mais da União.

Para o senador Izalci Lucas (PSDB), “parece que o governo quer provocar que aconteça algo, uma situação como aconteceu dia 8 de janeiro”. “Eles querem que a polícia faça uma mobilização, que Brasília faça uma mobilização. É o que eu sinto. Por que não tem nada que justifique parcelar [o reajuste]”, declarou.

4 imagens
Reunião entre parlamentares do DF e representantes do governo federal ocorreu no dia 1º  de junho de 2023
Senadores e deputados rechaçaram proposta
Uma nova reunião foi marcada para 12 de junho
1 de 4

Proposta de reajuste forças de segurança

Divulgação/William Sant’Ana
2 de 4

Reunião entre parlamentares do DF e representantes do governo federal ocorreu no dia 1º de junho de 2023

Divulgação/William Sant’Ana
3 de 4

Senadores e deputados rechaçaram proposta

Divulgação/William Sant’Ana
4 de 4

Uma nova reunião foi marcada para 12 de junho

Divulgação/William Sant’Ana

O governo quer conceder aos servidores da segurança do DF, em 2023, o mesmo percentual aprovado para todos os servidores federais, de 9%, para evitar questionamentos por parte das demais categorias.

O presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Wellington Luiz (MDB), declarou que “a vontade do gestor do Fundo Constitucional do DF foi completamente desrespeitada”. “O ente federativo [DF] acabou tendo o seu encaminhamento atropelado pelo governo federal”, disse.

“Infelizmente, fomos surpreendidos com uma proposta que distorceu totalmente a proposta encaminhada pelo GDF. Nós não aceitamos. O governo federal ficou de refazer os cálculos e apresentar nova proposta, no dia 12”, afirmou o deputado distrital Roosevelt Vilela (PL).

O deputado federal Rafael Prudente (MDB) afirmou que o acordo fechado com integrantes do governo federal e o líder no Congresso era de envio, em até 30 dias, das minutas que autorizam o pagamento do reajuste de 18% em uma só parcela, retroativa a maio.

A deputada distrital Doutora Jane (Agir) reforçou que a proposta não foi aceita por nenhum parlamentar do DF. “Os números apresentados pelos técnicos não contrariaram os do GDF. Os números do GDF provam que o Fundo Constitucional é capaz de suportar os 18%”, disse.

Entenda

A Polícia Civil, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do DF são custeados com recursos da União, já que servem em território da capital do país onde estão as sedes dos Três Poderes e as embaixadas de outras nações.

O governo federal repassa, anualmente, os recursos ao Fundo Constitucional do DF (FCDF), que é gerido pelo Governo do DF. Qualquer aumento salarial depende de negociação entre as partes.

O GDF pediu ao governo federal que concedesse aumento de 18% para os policiais civis, militar e bombeiros, considerando as perdas salariais das categorias nos últimos anos. Na Polícia Civil do DF, por exemplo, delegados da classe mais alta ocupam a 20ª posição no ranking de melhores salários da categoria no país.

Segundo o GDF, o orçamento atual do FCDF é capaz de suportar o aumento sem necessidade de aporte a mais pela União.

No dia 26 de abril de 2023, a bancada do DF fechou acordo com representantes do governo federal para elaboração, em conjunto, de uma medida provisória e um PLN para a alteração orçamentária necessária para o reajuste. A nova proposta deveria ser votada no Congresso dentro de 30 dias.

Mas, após o fim do prazo, o governo federal apresentou uma nova proposta para parcelar o aumento em três anos, o que provocou revolta dos parlamentares do DF.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?