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Papuda devolve objetos de Luiz Estevão que derrubaram direção do CDP

No dia 26, policiais encontraram cafeteira, cápsulas de café e chocolate na cela do ex-senador. A operação resultou na troca de toda a chefi

atualizado

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Café papuda
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Depois de batida policial na Ala dos Vulneráveis da Papuda que resultou na troca de comando do Centro de Detenção Provisória da penitenciária, a chefia do CDP devolveu os objetos que desencadearam a crise no sistema.

Na última quinta-feira (9/2), uma cafeteira branca da marca Nespresso, cápsulas de café, uma barra de chocolate Lindt pela metade, além de um punhado de macarrão embrulhado em papel filme foram entregues aos advogados do ex-senador Luiz Estevão, que cumpre pena na Papuda desde 8 de março de 2016.

Operação policial
Os objetos foram encontrados durante uma operação policial na cela que Luiz Estevão divide com Henrique Pizzolato na Papuda. Em 26 de janeiro, policiais lotados na Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) inspecionaram o local e recolheram artigos considerados proibidos pelo sistema no DF.

Punição
Na primeira investida, as autoridades revistaram apenas a cela de Luiz Estevão e de Pizzolato. Em função dos objetos apreendidos e por conta de um relato de desacato, o ex-senador foi levado para o castigo. Um dia depois, os policiais voltaram e, desta vez, revistaram todas as outras celas que compõem a Ala dos Vulneráveis, no Bloco 5 do CDP.

Na ocasião, recolheram quantidade de dinheiro acima do permitido no regulamento. Os valores pertenciam a outros dez presos que também foram levados para cumprir punição disciplinar na mesma cela onde já estava o ex-senador.

Depoimento
No depoimento que Luiz Estevão prestou ao Conselho Disciplinar do CDP dia 27, o ex-senador disse que esteve preso naquele mesmo bloco entre 28 de outubro de 2014 e 12 de março de 2015, antes do cumprimento da pena pelos crimes referentes a desvios na construção do TRT de São Paulo.

Segundo o ex-senador, naquele período, ele “adquiriu alguns objetos com a autorização da direção daquela época, a qual era comandada pela Polícia Civil”. De acordo com o que o detento especificou em seu relato, os objetos eram: uma geladeira, um forno de micro-ondas, filtro de água elétrico, cafeteira de café instantâneo e um freezer horizontal.

Segundo Luiz Estevão, depois que ele progrediu para o regime aberto da pena que cumpria à época, os objetos foram doados e permaneceram na cantina do Centro de Detenção.

Macarrão de herança
O ex-senador afirmou que, embora a cafeteira ficasse em sua cela, o uso era compartilhado com outros presos. Disse que o chocolate importado da marca Lindt era sem açúcar, em função da restrição alimentar que consta em seu prontuário, e negou que o punhado de macarrão recolhido no lugar lhe pertencesse. Segundo ele, o alimento seria de Ramon Hollerbach, transferido para presídio em Belo Horizonte em meados de janeiro.

Sindicâncias
A operação policial comandada pela Sesipe culminou com a exoneração do diretor do CDP, o agente de atividades penitenciárias Diogo Ernesto de Jesus. O adjunto dele, Vítor Espíndola, também foi afastado.

No final do ano passado, a Sesipe recebeu uma denúncia anônima de que supostas irregularidades estariam ocorrendo no sistema, como o acesso a regalias por parte dos presos que cumprem pena na Ala dos Vulneráveis. Três sindicâncias foram abertas para apurar o caso.

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