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PF faz buscas para investigar ameaças ao presidente do União Brasil

Equipes da Polícia Federal cumprem, no interior de Pernambuco, cinco mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal

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Foto colorida e em close-up de Antônio Rueda olhando para cima
1 de 1 Foto colorida e em close-up de Antônio Rueda olhando para cima - Foto: Breno Esaki/Metrópoles (@BrenoEsakiFoto)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (7/5), a Operação Stasis, para investigar ameaças sofridas pelo presidente do partido União Brasil, o advogado Antônio Rueda (foto em destaque).

As equipes cumprem, no interior de Pernambuco, cinco mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações começaram a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Porém, com declínio da competência do caso para o STF, a PF assumiu a apuração.

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Primeiro presidente do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar (União-PE)
Presidente do União Brasil, o advogado Antônio Rueda, eleito em 2024
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Telefonema e incêndio

Atualmente, Rueda e o primeiro presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (União-PE), estão em pé de guerra, e um desentendimento entre os dois antigos aliados virou caso de polícia, segundo divulgado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Eleito em fevereiro para comandar o União Brasil, Rueda acusa Bivar de ameaçar matá-lo; as intimidações ainda teriam se estendido a um parente do político. O ex-presidente, porém, nega as acusações.

A principal evidência usada por Antônio seria um vídeo com pouco mais de 30 segundos, que mostra uma conversa entre os dois, por volta das 23h de 26 de fevereiro último. No trecho anexado ao processo, uma voz, que seria de Bivar, diz a Rueda que “acabaria” com um parente dele. No entanto, o vídeo não permite inferir o contexto da conversa.

Em 28 de fevereiro, um dia antes de ser eleito para chefiar a legenda, Antônio Rueda apresentou uma representação criminal contra Luciano Bivar, na Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para cobrar a investigação das supostas ameaças.

Presidente do União Brasil vai à polícia e relata ameaça de morte

Antônio relatou à polícia que Bivar falou com ele na noite em questão por meio do telefone do deputado federal Marcelo Freitas (União-MG), que intermediou o contato.

Na sequência do vídeo, gravado por Florinda, esposa de Rueda, o denunciante disse a Freitas que aquele era o motivo pelo qual evitava falar com Luciano e que, diante da ameaça, procuraria a polícia no dia seguinte.

Em 11 de março, um incêndio nas casas de praia de Antônio e da irmã dele, Emília Rueda, tesoureira do União Brasil, levou aliados do atual presidente do União Brasil a relacionarem a ocorrência a Bivar. Rueda estava em Miami, nos Estados Unidos, quando soube do episódio.

No dia seguinte, Luciano Bivar declarou que as acusações sobre o suposto envolvimento dele com o incêndio eram “ilações” e que o caso se tratava de um “factoide”.

Pelo fato de Luciano ser deputado federal, a PCDF pediu ao STF autorização para apurar as denúncias. A medida seria necessária em razão do foro privilegiado do parlamentar. Em 11 de abril, o ministro Kassio Nunes Marques deu sinal verde para abertura de inquérito e investigação de Bivar.

Eleições no partido

Criado em 2021, o União Brasil surgiu após fusão entre o partido Democratas (DEM) – legenda cujas origens remontam à Arena, sigla que dava sustentação política à ditadura militar – e o Partido Social Liberal (PSL), que elegeu Jair Bolsonaro e uma numerosa bancada de deputados em 2018.

As eleições que levaram Antônio Rueda à presidência ocorreram em 2024. Porém, antes de o pleito ocorrer, o então presidente da legenda, Luciano Bivar, tentou cancelar a convenção nacional do partido, marcada para 29 de fevereiro. A justificativa era de que a convocação para a reunião ainda não tinha amparo no estatuto da sigla.

Na convenção, ocorreriam as eleições para o comando do União Brasil, e o cancelamento ocorreu em meio a um racha no partido. Havia um acordo interno para que o então vice-presidente, Rueda, assumisse a sigla, mas Bivar decidiu que queria permanecer no cargo.

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