OAB repudia racismo contra PM no DF: “Praga insiste em se perpetuar”
A Comissão de Igualdade Racial e a Diretoria de Igualdade Racial e Social da OAB-DF ofereceram apoio jurídico para lidar com o caso
atualizado
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A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) divulgou uma nota de repúdio contra o ato de racismo cometido por um jovem ao ser abordado por um policial militar.
No último sábado (9/7), o 2º sargento da PMDF Shemeoerk Apoliano abordou Patrick Sóstenes de Souza Ferreira, 26 anos, na orla do Lago Paranoá. Segundo o PM, o rapaz recusou-se a se virar de costas e disse que “não seria abordado por policial negro”. Ele foi preso por injúria racial.
A Comissão de Igualdade Racial e a Diretoria de Igualdade Racial e Social da OAB-DF disseram que “o racismo, em todas as suas formas, deve ser rechaçado, combatido e amplamente punido”. “O ataque discriminatório racial contra um agente do estado no exercício de sua função institucional demonstra preocupação e liga um forte sinal de alerta aos níveis que o racismo no Brasil vem alcançando”, afirmaram.
Os setores especializados da OAB-DF se colocaram à disposição da Polícia Militar do DF e do 2º sargento “para apoio e todo o suporte jurídico necessário para apuração e, sendo o caso, punição para esta prática horrível que não deve ter qualquer espaço em nossa sociedade.”
“Estaremos juntos, enquanto instituições e pessoas, para exterminar esse mal da nossa sociedade. Racismo não é mal-entendido, racismo é crime e deve ser completamente reprovado por todos e todas”, disseram.
Segundo a comissão e a diretoria, “apenas com atuações conjuntas e visando atacar a raiz deste mal, mas sem esquecer das adequadas responsabilizações individuais, é que vamos superar esta ‘praga’ que insiste em se perpetuar em nossa sociedade.”