O número de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte caiu no Distrito Federal no 1º semestre de 2023. A redução dos chamados crimes violentos letais intencionais (CVLIs) foi de 1,4%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), ocorreram 141 casos de CVLIs entre janeiro e junho de 2023. É o menor número em 24 anos da série histórica.

Nos primeiros seis meses do ano, ocorreram 130 homicídios. No mesmo período de 2022, foram 132. Há 23 anos, no 1º semestre de 2000, o número de assassinatos na capital do país era bem maior: 293.

O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, disse que a queda no número de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte no DF é resultado do trabalho integrado entre as forças de segurança, outros órgãos governamentais e sociedade civil.

Segundo Avelar, a pasta trabalha de forma estratégia e regional, por meio de estudos e análises de microrregiões, a fim de diminuir cada vez mais os índices de criminalidade. “Essa abordagem visa compreender, ainda, quais crimes e desordens estão atualmente impactando a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos”, declarou.

Feminicídios

Enquanto a quantidade de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte caiu durante o 1º semestre de 2023, o número de feminicídios aumentou. Foram registrados 20 casos este ano, contra seis no mesmo período do ano passado.

O secretário de Segurança Pública disse que o enfrentamento à violência contra a mulher é “complexo e precisa ser entendido e tratado da perspectiva da integralidade de ações, envolvendo diversos segmentos do governo, da justiça e da sociedade civil”.

O Governo do DF integra órgãos públicos para traçar políticas de prevenção e de combate à violência contra a mulher por meio da Rede Distrital de Proteção à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar.

“Temos um programa específico dedicado a esse tema, com ações e tecnologias para coibir essa forma de violência, como o serviço inovador que monitora vítima e agressor 24 horas por dia, impedindo que se aproximem. Está em andamento, ainda, a implementação de novas estratégias para simplificar e ampliar o acesso das vítimas às tecnologias de proteção disponíveis”, disse Avelar.

Roubos

O balanço da Secretaria de Segurança Pública do DF mostra que os crimes contra o patrimônio também caíram. No caso do roubo dentro de ônibus ou do metrô, foram registradas 275 ocorrências, 35,6% a menos que nos primeiros seis meses de 2022, quando 427 roubos ocorreram no transporte coletivo.

Os roubos em comércio caíram de 360 para 301 casos se comparado o mesmo período do ano, o que representa 16,4% de queda.

Os casos de roubos em residência caíram 22,6%, enquanto os roubos de veículo caíram 17%. Já os roubos a transeunte caíram 18,3%.