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No paredão Lava Jato, Filippelli e Magela são candidatos à eliminação

Dos seis políticos citados na lista do procurador-geral da República, apenas Gim Argello está definitivamente fora do jogo em 2018

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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1 de 1 22-04-2014Geraldo-Magela01-Foto-Zeca-Ribeiro-Camara-dos-Deputados - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Se a lista de Rodrigo Janot fosse uma bola, teria o potencial de fazer um strike nos personagens que se movimentam para 2018. Dos seis políticos citados na lista do procurador-geral da República, apenas Gim Argello está definitivamente fora do jogo. Preso e condenado, Gim quer distância de Brasília. Tanto que não faz a menor questão de ser transferido para o DF. Considera que, na cidade, mesmo preso, terá de se relacionar politicamente.

Robério Negreiros estreou na confusão, mas ainda não tem estofo para fazer diferença significativa em uma campanha eleitoral.

Há entre os outros quatro políticos do DF arrastados para o escândalo uma fenda abissal. São dois para lá e dois para cá.

Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR), Tadeu Filippelli (PMDB) e Geraldo Magela (PT) representam velhos grupos políticos do DF. A diferença é que Agnelo e Arruda já foram testados e reprovados – nas urnas, ou pela Justiça. E são cartas fora do baralho numa disputa majoritária. Podem e vão trabalhar nos bastidores, mas, dificilmente, serão ponta de lança na briga pelo governo.

Filippelli e Magela, também alvos das delações de ex e atuais executivos da Odebrecht, ainda apostam em uma reserva eleitoral capaz de lhes cacifar para a disputa dos principais mandatos em 2018. Embora vice de Agnelo, Filippelli conseguiu, de certa forma, se descolar do perfil de gestor fracassado que hoje rotula o petista. E Magela, apesar das últimas derrotas eleitorais, confia na recuperação de seu potencial, a depender do grupo em que se colar.

Ambos, no entanto, estão abatidos. Não tanto pela indicação de seus nomes ao paredão da Lava Jato. Todo mundo que circula no meio político da capital sabe que os dois caciques são fortes representantes de seus partidos – com tudo o que isso um dia trouxe de vantagem e com tudo o que trará de problemas a partir das investigações. O mais dramático para eles é o que ainda está por vir e pode os tornar candidatíssimos não aos cargos majoritários que almejam, mas à eliminação do cenário eleitoral.

 

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