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“Não podemos esquecer a desgraça do governo do PT e Rollemberg”, diz Ibaneis

O governador Ibaneis Rocha disse que investiu quase R$ 50 bilhões na saúde no período de cinco anos

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Foto colorida de homem careca expressão de pesar
1 de 1 Foto colorida de homem careca expressão de pesar - Foto: Breno Esaki/Metrópoles (@brenoesakifoto)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deixou a postura de defesa e partiu para o ataque após críticas à gestão da saúde. Ibaneis afirmou que investiu R$ 50 bilhões na área e chamou os governos anteriores, de Agnelo Queiroz (PT) e de Rodrigo Rollemberg (PSB), de “incompetentes” e “desgraça”.

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Ex-governador do DF Rodrigo Rollemberg
Agnelo Queiroz foi governador entre 2010 e 2014
Rollemberg
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Ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT)

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Ex-governador do DF Rodrigo Rollemberg

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Agnelo Queiroz foi governador entre 2010 e 2014

Dênio simões/ GDF
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Rollemberg

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Em meio às discussões sobre o pedido de instalação da CPI da Saúde, que perdeu força na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) após votação nesta terça-feira (4/6), Ibaneis afirmou que os opositores “esquecem o tamanho da incompetência dessas duas administrações”. As declarações foram dadas durante agendas em Taguatinga, nesta terça-feira (4/6).

“A gente vem tirando o atraso dos governos que passaram por aí. Nós não podemos esquecer a desgraça que foi o governo do PT e a desgraça que foi o governo do Rollemberg. Tem hora que parece que eles esquecem o tamanho da incompetência dessas duas administrações. E nós não podemos esquecer isso. Nós já investimos, ao longo desses últimos cinco anos, quase R$ 50 bilhões para melhorar a saúde do Distrito Federal. E estamos trabalhando cada vez mais”, afirmou o governador.

Ibaneis citou que enviou à CLDF, nesta terça-feira, projeto de lei para contratação de mais médicos. Nesta terça-feira, o GDF nomeou 146 médicos, 20 enfermeiros e 21 técnicos de enfermagem. Em abril deste ano, foram contratados mais 461 médicos – 240 efetivos, 21 substituindo candidatos que não se apresentaram no chamamento público e 200 temporários.

O governador prometeu lançar, em breve, a licitação do Hospital de São Sebastião. Ibaneis alfinetou, sem citar nomes, um parlamentar do PT que teria questionado a necessidade da construção do hospital e afirmou que “esses incompetentes não vão voltar mais ao Governo do Distrito Federal”.

“Um deputado do PT teve coragem de perguntar na Câmara Legislativa: ‘Para quê construir o hospital?’ E é por isso que demorou 16 anos, passou o governo do PT e do PSB, e não foi construída uma unidade hospitalar na nossa cidade. Agora, nós vamos fazer quatro, para poder atender nossa população cada vez melhor. Isso tem que ser dito e tem que ser repetido por todos vocês. Esses incompetentes não vão voltar mais ao Governo do Distrito Federal”, declarou.

CPI da Saúde

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) publicou, nessa segunda-feira (3/6), o requerimento para criação da CPI de Fraudes ao ICMS e da CPI de Combate à Violência contra a Mulher.

A CLDF também tem pedido formalizado para criação da CPI do Rio Melchior e da CPI da Saúde, a mais recente. Porém, o regimento interno proíbe que haja, ao mesmo tempo, mais que duas CPIs em funcionamento na CLDF. A exceção é se houver apoio da maioria dos deputados (13 de 24).

O Colégio de Líderes da CLDF decidiu, nesta terça-feira (4/6), rejeitar o pedido para que a CPI da Saúde fosse instalada com urgência. Foram cinco votos contra a inversão da ordem das comissões e três a favor.

Reações

Após as declarações de Ibaneis, os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB) reagiram.

Agnelo afirmou que a gestão dele acabou há nove anos. O petista citou que contratou, por meio de concurso público, 16 mil servidores para a saúde do DF, reformou as unidades de saúde, criou as primeiras seis UPAs e nove clínicas da família, as atuais UBSs. “Aumentamos muito a atenção primária. Quando recebi, a cobertura era de 18%. Deixei em 70%. Recuperei o Samu completamente”, disse.

“Se ele [Ibaneis] gastou R$ 48 bilhões ou R$ 50 bilhões na saúde, ninguém sabe onde foi. A saúde pública está uma tragédia humana. Mais de 350 pessoas morreram de dengue, uma doença evitável. É só comparar com a tragédia do Rio Grande do Sul, que é de dimensões nunca vistas, na qual morreram 172 pessoas”, declarou o ex-governador.

Agnelo disse que a criação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), para gerir o Hospital de Base, de Santa Maria e as UPAs, “quebrou a coluna vertebral do sistema de saúde pública”.

O ex-governador afirmou que a culpa atribuída por Ibaneis aos antecessores em relação aos problemas da saúde pública tem objetivo de “acobertar que paciente com diagnóstico de câncer passa quase dois anos, 600 dias, para ser atendido”. “Cada dia que passa sem atendimento e tratamento, a possibilidade de um câncer ser curado fica mais difícil. Em dois anos sem tratamento, não existe nenhuma patologia de câncer que ainda vai ser curável. Pode amenizar, mas cura não. É muito grave e está abreviando a vida por não assegurar assistência e tratamento de câncer. Isso tem nome: é assassinato.”

“É mais fácil dizer que foram os outros porque não consegue resolver os problemas depois de cinco anos de governo. Desgraçado é o governo dele, porque tem uma política de destruição de saúde pública e a conta já chegou para o nosso povo”, enfatizou.

Rollemberg disse que Ibaneis é “leviano” e “irresponsável” por “ficar acusando governos anteriores pelo caos na saúde”. “O senhor já governa o Distrito Federal há seis anos”, pontuou.

O antecessor de Ibaneis afirmou que criou o Instituto Hospital de Base, antes do Iges-DF, para “reduzir tempo e valor das compras”. “Você criou o Iges e o transformou em antro de corrupção e cabide de empregos. Aumentou gastos sem melhorar os atendimentos”, declarou Rollemberg.

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