Mulheres cobram presidente do Avante repasses a candidaturas femininas
Notificação foi “empurrada” pela porta do gabinete do deputado Luis Tibé, presidente nacional da sigla. Mulheres falam em violência política
atualizado
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Oito candidatas a deputada federal e deputada distrital do Avante afirmam que o partido não distribuiu recursos para as campanhas femininas no Distrito Federal, ao contrário do que determina a legislação. A fim de requerer o envio, elas foram ao gabinete do presidente nacional da sigla, o deputado Luis Tibé, para entregar um documento pedindo o envio dos recursos.
Porém, quando chegaram ao gabinete do presidente, não conseguiram ser atendidas e, por isso, empurraram a notificação por debaixo da porta.
O momento foi gravado por uma delas. Veja:
Segundo a Lei, todos os partidos devem destinar pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para financiar as campanhas de mulheres. No documento “empurrado” por baixo da porta, as candidatas afirmam que, após registro das candidaturas, a direção regional do DF informou que a executiva nacional “decidiu não mandar nenhum recurso para os candidatos no DF, nem mesmo para as candidatas”.
“Indagados pelas candidatas, a explicação da Executiva local do Partido se manteve com a mesma informação que, nem mesmo as mulheres iriam receber o que a legislação lhes ampara, na cota de gêneros. Irresignadas, as signatárias recorrem à Executiva Nacional para requererem o que é devido e legítimo, a fim de assegurar a plena participação das candidatas no sufrágio eleitoral que se aproxima”, diz a notificação.
As assinantes do documento afirmam que, caso não recebam os valores que devem, a decisão do Avante será “como um ato cristalino de violência política”.
O outro lado
O diretório regional do Avante no DF informou que não recebeu recursos para nenhum candidato. O diretório está à espera do repasse da direção nacional do partido.
O Metrópoles tentou contato com o presidente nacional do Avante, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.