Mulher que engravidou aos 45 anos inspira projeto contra infertilidade
O projeto de lei que tramita na CLDF estabelece que as unidades de saúde pública da capital federal devem oferecer amplo atendimento na área
atualizado
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A incrível história da mulher que engravidou naturalmente aos 45 anos inspirou o projeto de lei que cria a Política de Prevenção e Acompanhamento de Problemas Reprodutivos Femininos e Masculinos no Distrito Federal.
Valentina é como um milagre na vida da advogada Leila Barreto Ornelas. A menina nasceu em 18 de fevereiro de 2018, realizando o sonho da maternidade, que, de tão acalantado por Leila, parecia até impossível. Antes de engravidar, a advogada passou por duas fertilizações, sem sucesso.
A advogada engravidou naturalmente aos 45 anos de idade, um fato surpreendente, visto que, de acordo com a literatura médica, neste período da vida as chances de uma mulher conseguir ficar grávida sem passar por fertilização artificial são de menos de 1%.
Leila conta que várias mulheres começaram a procurá-la após ela compartilhar sua história nas redes sociais. A advogada se especializou e agora acompanha pacientes do Brasil e do exterior que têm dificuldade para engravidar.
O vice-presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Rodrigo Delmasso (Republicanos), apresentou o PL após conhecer a trajetória de Leila.
Projeto
A proposta cria a Política de Prevenção e Acompanhamento de Problemas Reprodutivos Femininos e Masculinos, no âmbito do DF. Segundo o PL, o objetivo é integrar medidas preventivas e procedimentos médicos, laboratoriais, hospitalares e farmacêuticos para tratamento dos problemas que possam comprometer a futura reprodução feminina e masculina.
Se o projeto for aprovado, o governo deverá criar campanhas publicitárias em diversos formatos alertando para problemas produtivos existentes. A proposta também estabelece que as unidades de saúde pública devem oferecer amplo tratamento médico, laboratorial, ambulatorial e hospitalar para a plena implantação da política específica.
“A infertilidade é uma problema de saúde pública, e precisamos jogar luz nesse tema e debater mais e mais”, disse Leila à coluna.
Delmasso pontuou que o projeto deve ser apreciado pela CLDF no 1º semestre do próximo ano. “Esse projeto foi inspirado no que Leila passou. O que a gente quer trabalhar agora é tratar o tema como política pública”, afirmou.