metropoles.com

MPT marca audiência sobre escolas privadas do DF após denúncias de aglomerações

A Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região emitiu despacho nesta sexta-feira solicitando reunião de emergência com o GDF e sindicatos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Sala de aula
1 de 1 Sala de aula - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após receber denúncias envolvendo descumprimento dos protocolos de combate à Covid-19, o Ministério Público do Trabalho (MPT) marcou uma audiência em caráter emergencial com o Governo do Distrito Federal (GDF) e com os sindicatos que representam as unidades de ensino e os trabalhadores. A reunião será por videoconferência, na próxima segunda-feira (22/3), às 16h.

Em despacho expedido nesta sexta-feira (19/3), ao qual a coluna Grande Angular teve acesso, a procuradora do trabalho Carolina Pereira Mercante disse que diversas denúncias foram formalizadas e distribuídas, por meio de notícias de fato, a procuradores lotados na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região (PRT10).

Chegaram ao conhecimento do MPT informações sobre o suposto descumprimento dos protocolos definidos para evitar a proliferação do novo coronavírus no ambiente escolar.

As denúncias alegam que colégios privados do DF não estariam conseguindo controlar o distanciamento entre carteiras e alunos, e que há aglomerações nas escolas.

O MPT também recebeu relatos de que existem unidades que “não têm informado pais e trabalhadores sobre casos de testagem positiva no ambiente escolar, impossibilitando que eles adotem as providências de segurança cabíveis e que haja, por cautela, a suspensão provisória de atividades presenciais para determinadas turmas”.

O despacho ainda cita que há denúncias sobre escolas que exigem trabalho presencial de profissionais do grupo de risco e que unidades não têm fornecido testagem aos trabalhadores que tiveram contato próximo com pessoas que foram diagnosticadas com a Covid-19.

A procuradora regional do MPT destacou que, além de serem mais transmissíveis, as variantes do coronavírus no DF estão causando mais mortes, inclusive entre jovens. Ela frisou a dramática situação na rede de saúde: “A taxa ocupação das UTIs é altíssima, havendo falta de profissionais da saúde e medicamentos para o regular atendimento da população devido à sobrecarga do sistema”.

Por fim, o MPT pontuou que o trâmite individual das notícias de fato, que inclui concessão de prazos para apresentação de documentação e adequações, “pode não se dar em tempo hábil para evitar mortes no setor da educação privada, devido à altíssima velocidade da disseminação da doença e de agravamento dos sintomas em alguns casos e em decorrência da insuficiência quantitativa das equipes de fiscalização em meio a uma pandemia”. “O que demanda ações de natureza coletiva por parte do Ministério Público, das entidade sindicais e do Governo do Distrito Federal”, assinalou.

O outro lado

Em nota, a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), Ana Elisa Dumont, disse que a instituição orienta “constantemente pelo cumprimento de todos os protocolos e medidas de segurança nas escolas privadas do DF”. “Sabemos da importância desses procedimentos para conter o vírus. Estamos convivendo com a pandemia há um ano e aprendemos que todo o cuidado é necessário. O respeito pela vida vem sempre em primeiro lugar”, pontuou.

Ana Elisa afirmou que “a criança e o adolescente não podem ter seu direito educacional suprimido, pois são sujeitos de direito, vulneráveis, em condição de desenvolvimento e devem ser tratados como prioridade, como determina a Constituição Federal”.

A presidente do Sinepe-DF é contra a suspensão das atividades presenciais: “Não podemos prejudicar àqueles que fizeram a opção por estarem dentro da sala de aula, em ambiente seguro. Não podemos retirar ainda o direito dos profissionais da linha de frente de terem local seguro e que possibilite desenvolvimento dos seus filhos, pois eles não tem se esquivado em prestar atendimento a comunidade nos hospitais, mercados, com coleta de lixo e em tantos outros serviços desempenhados.”

Lockdown

O Distrito Federal está em lockdown desde 28 de fevereiro. Após uma semana de fechamento, alguns setores receberam autorização para retomar as atividades presenciais, incluindo as escolas particulares e as academias.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?