MPDFT: procurador-geral de Justiça quer avançar no atendimento público
O procurador-geral de Justiça do DF, Georges Seigneur, fez balanço do primeiro mandato e falou de perspectivas para os próximos anos
atualizado
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Recém-nomeado para o segundo mandato como procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Georges Seigneur disse, em entrevista à coluna Grande Angular, que uma das prioridades da nova gestão é dar continuidade e avançar nas melhorias do atendimento ao público.
“Uma coisa que me preocupa muito é: não retroceder na parte de atendimento ao público. Pelo contrário, [vamos] avançar ainda mais para que a população veja o Ministério Público como uma instituição na qual ela pode confiar e, caso precise, esteja ao seu lado”, afirmou Seigneur, nessa terça-feira (26/11).
O procurador-geral de Justiça citou que cada uma das unidades do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) tem uma sala para atender a população. “Nós fortalecemos o Núcleo de Direitos Humanos, que eu acho que foi um um ponto muito importante, assim como também foi o Núcleo Prisional”, acrescentou.
Seigneur foi nomeado pelo presidente Lula (PT) para o segundo mandato em 14 de novembro deste ano.
Durante a entrevista, Seigneur afirmou que o MPDFT busca fortalecer as investigações e acelerar os processos judiciais. “Eu falo isso porque, no Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, eu fui presidente do Grupo de Acompanhamento Processual. Não era só do MPDFT, era do Ministério Público do Brasil inteiro. E é muito importante que os próprios ministérios públicos melhorem a sua atuação junto aos tribunais, exatamente para que tenham respostas melhores e mais rápidas”, completou.
Após ser nomeado para o segundo mandato como procurador-geral de Justiça do DF, Seigneur foi eleito por aclamação para o cargo de presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).
Assista à entrevista completa:
Uso da tecnologia
Quando ainda cumpria o primeiro mandato, Seigneur iniciou um projeto no MPDFT com o uso de inteligência artificial para auxiliar no trabalho de elaboração de peças em outras atividades do MP.
Em retrospecto, ele analisa que a IA é um sucesso dentro do órgão. “A nossa última ferramenta, acho que ficou mais conhecida, é um serviço que faz a transcrição das datas das audiências. É muito importante e chega a fazer um certo resumo para a análise, seja inicialmente da área técnica do analista e do assessor do procurador, do promotor de Justiça, do procurador de Justiça. No fundo, nós conseguimos otimizar o tempo, apontar exatamente onde em cada e especialmente depoimentos muito longos, onde você poderia buscar exatamente a ferramenta”, disse.
“A inteligência veio para ajudar”, frisou. Porém, ele destacou que é preciso que os responsáveis por usar as ferramentas chequem as informações.
Próximos anos
Georges afirmou que um mandato de dois anos é curto para implementar tudo que se deseja e, durante o próximo biênio, ampliará o trabalho de fiscalização das políticas públicas.
“Muitos processos estão em um caminhar, mas pretendemos melhorar ainda mais. Por exemplo, a área relativa à fiscalização da política pública. A atuação com relação a promotorias específicas, eu digo a Promotoria de Saúde, a Promotoria de Educação, que são promotorias que, com esses avanços, elas podem ter uma atuação melhor e até uma atuação melhor de com relação à própria estruturação”, afirmou.