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MP investiga morte de bebê após demora de transporte para UTI no DF

Enzo Gabriel, 1 ano, morreu na UPA do Recanto das Emas, à espera de uma ambulância que o levaria para um leito de UTI

atualizado

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1 de 1 UPA - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga as circunstâncias da morte de Enzo Gabriel, bebê de 1 ano que faleceu na UPA do Recanto das Emas à espera de ambulância que o levaria para uma unidade de terapia intensiva (UTI).

O promotor de Justiça Marcelo da Silva Barenco, da 4ª Promotoria de Defesa da Saúde (Prosus), requisitou ao presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, que “preste todas as informações pertinentes ao caso, incluindo medidas administrativas que serão adotadas pelo Iges-DF para inibir novas ocorrências”.

O ofício do promotor da Prosus, destinado ao presidente do Iges-DF, foi assinado na tarde dessa quarta-feira (15/5).

Segunda a família, houve negligência no atendimento. O caso também é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Na segunda-feira (13/5), Enzo Gabriel estava com dificuldades para respirar e foi levado pela família até uma unidade básica de saúde (UBS) de Taguatinga. O diagnóstico preliminar apontou bronquiolite, pneumonia e asma.

Os médicos prescreveram tratamento com antibiótico em casa, mas o quadro do menino piorou. Na terça (14/5), a família voltou à UBS e recebeu encaminhamento para a UPA.

Por volta das 12h50, o menino recebeu diagnóstico de pneumonia avançada e dengue. A saúde dele continuou se deteriorando e, por volta das 19h, Enzo foi intubado. A família buscou um leito de UTI e conseguiu, mas não havia transporte.

O bebê passou a madrugada na UPA, sendo assistido pela equipe médica. Na manhã de quarta-feira, não sobreviveu e morreu na UPA. A família, então, procurou a polícia.

Outro lado

O Iges-DF divulgou uma nota na qual diz lamentar “profundamente o caso”. O órgão informou que a equipe assistencial “segue consternada com o ocorrido”.

A instituição acrescentou que a criança chegou à UPA com desconforto respiratório, “foi prontamente atendida, recebeu medicação e realizou exames”.

“O quadro evoluiu com piora, e foi detectada pneumonia com derrame pleural e dengue aguda. Nesse momento, o paciente foi para a Sala Vermelha, onde recebeu toda a assistência necessária para o caso. A equipe médica pediu uma vaga na UTI e, após resposta positiva, foi solicitada a remoção do paciente”, detalhou o Iges-DF.

O instituto ainda reconheceu a demora no transporte do paciente, mas não considerou haver “negligência médica ou falha no atendimento”. “Informamos, também, que a demora na remoção não foi fator relevante para o desfecho clínico do caso, pois, por estar na Sala Vermelha, [o paciente] recebia cuidados equivalentes ao de uma UTI”, completou o texto.

Também por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) comunicou que “não teve envolvimento no caso”, pois disponibilizou leito para a criança e não foi acionada para fazer o transporte do menino, cujo deslocamento ocorreria em uma ambulância do Iges-DF.

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