Morre Ulysses Reis, 3º padre que Arquidiocese de Brasília perde em 30 dias
O religioso católico cuidava da Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Samambaia e faleceu na noite de segunda (17/8)
atualizado
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A comunidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Samambaia está de luto com o falecimento do padre Ulysses Reis de Carvalho (foto em destaque). Ele estava internado no hospital Santa Helena, por causa de uma infecção nos rins. Ele também lutava contra um linfoma. No período de um mês, foi o terceiro padre que a Arquidiocese de Brasília perdeu.
Padre Ulysses era conhecido por ser um dos mais antigos párocos na cidade: estava em Samambaia desde 1995. Antes de se ordenar, havia se formado em medicina. Os fiéis o definiam como um grande pastor e administrador, muito rígido quando o assunto era religião.
Nos últimos tempos, vinha criticando bastante o marxismo cultural na sociedade. Um vídeo do pároco viralizou quando ele corrigiu a letra da música “Quando o dia da paz renascer”, feita pelo compositor Zé Vicente e cantada por padre Zezinho. Em um trecho, a canção diz: “Quando os muros que cercam os jardins destruídos então os jasmins vão perfumar / Vai ser tão bonito se ouvir a canção cantada, de novo / No olhar da gente a certeza do irmão / Reinado, do povo”.
“Estamos no reinado de Cristo, não no reinado do povo, porque o povo só faz bobagem”, disse, durante a missa. Depois, se explicou: “Aquele canto contém erros de natureza teológica e doutrinal. Expressa uma forma de humanismo sem base cristã, de inspiração marxista e revolucionária”.
Ainda não há informação sobre velório e enterro do religioso católico.
Outras mortes
A morte de padre Ulysses acontece poucos dias após o óbito do padre Cássio Augusto. Pároco da Nossa Senhora da Assunção em Ceilândia, ele se encontrava internado desde o dia 18 de julho. Lutava contra uma insuficiência renal hereditária. Havia, inclusive, iniciado o tratamento com diálise.
Padre Cássio Augusto faleceu no último sábado (15/8) e foi enterrado na segunda (17/8), no cemitério Campo da Esperança do Plano Piloto.
Já no dia 22 de julho, o padre João da Silva, também da Arquidiocese de Brasília, morreu por complicações do coronavírus. Ele estava internado no Hospital Antoninho da Rocha Marmo, em São José dos Campos (SP).
O padre havia sido vigário na Paróquia Nossa Senhora da Esperança na Asa Norte, em 2000; da Nossa Senhora da Assunção em Águas Claras, em 2004; na Imaculada Conceição de Sobradinho, em 2007; na São Pedro e São Paulo na M Norte, em 2019; e pároco na São Miguel Arcanjo do Riacho Fundo I, em 2009.