Moraes disse que cúpula da PMDF usou corporação de forma criminosa para “romper ordem democrática”
O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva do comandante-geral da PMDF e de mais quatro oficiais da corporação
atualizado
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Ao determinar a prisão preventiva de integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que a conduta dos oficiais diante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro “revela-se ilícita e gravíssima”.
Com base na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os policiais militares, Moraes enfatizou que o grupo fez “uso indevido e criminoso da estrutura da Polícia Militar do Distrito Federal com objetivo de romper a ordem democrática, mediante a tomada violenta dos prédios dos Poderes da República”.
“A conduta delitiva dos denunciados, narrada pela Procuradoria-Geral da República, revela-se ilícita e gravíssima, constituindo indevido e criminoso uso da estrutura da Polícia Militar do Distrito Federal com objetivo de romper a ordem democrática, mediante a tomada violenta dos prédios dos Poderes da República”, escreveu o ministro do STF, em decisão expedida nessa quinta-feira (17/8).
O comandante-geral da PMDF, Klepter Rosa Gonçalves; o ex-comandante-geral Fábio Augusto Vieira; os coronéis Jorge Eduardo Naime Barreto, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues; o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins foram denunciados pela PGR por crimes omissivos impróprios, por não terem agido como deveriam enquanto representantes do Estado.
Moraes atendeu a pedido da PGR e determinou a prisão do comandante-geral, de Fábio Augusto, Paulo José, Casimiro, Flávio e Rafael. O coronel Jorge Eduardo Naime e o major Flávio Silvestre de Alencar já estão presos.