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Metrô-DF contrata de forma emergencial grupo condenado pelo TCU

O Metrô-DF contratou a MPE Engenharia e Serviços S.A para manutenção no valor de R$ 3,6 milhões por um período de seis meses

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
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1 de 1 Foto-metrô-df - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) contratou de forma emergencial uma empresa que foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por fraude e pertence a um grupo com histórico encalacrado na Corte de Contas.

A MPE Engenharia e Serviços S.A foi contratada pelo Metrô por R$ 3,6 milhões para prestar os serviços de manutenção no sistema de alimentação elétrica e ventilação, pelo período de seis meses.

O extrato do contrato, assinado em 10 de fevereiro de 2023, foi publicado nessa segunda-feira (27/2), no Diário Oficial do DF (DODF).

Em 2020, o TCU declarou a inidoneidade da MPE Engenharia e Serviços S.A, que ficou proibida de participar de licitações da administração pública federal por 3 anos. A sanção durou de 17 de maio de 2018 a 17 de maio de 2021.

Na ocasião, o TCU entendeu que a MPE Engenharia e Serviços S.A e a MPE Montagens e Projetos Especiais – identificadas pelo Tribunal como sendo do mesmo grupo – “se utilizaram de artifícios para que a primeira substituísse a segunda, declarada inidônea, em licitações e contratações da administração pública.”

Em 2021, em outro processo, o TCU condenou a MPE Montagens e Projetos Especiais S.A e todas as empresas subsidiárias ou controladas à inidoneidade por cinco anos, por fraude às licitações conduzidas pela Petrobras na realização das obras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar).

As empresas do grupo, criadas para burlar a declaração de inidoneidade e permitir a continuidade da prestação de serviços, foram proibidas de participar de licitação da administração federal ou de certames dos estados, DF e municípios que utilizem recursos federais. A penalidade está vigente desde 27 de abril de 2022, e durará até 2027.

Segundo o TCU, a MPE integrou cartel de empresas que fraudaram licitações da Petrobras para obras da Repar, por meio de combinação de preços, quebra de sigilo das propostas, divisão de mercado, oferta de propostas de cobertura para justificar o menor preço ofertado, entre outras irregularidades.

O que dizem

Em nota enviada à coluna, o Metrô-DF informou que “não é do conhecimento da companhia qualquer impedimento para a contratada MPE Engenharia Ltda”. “A empresa apresentou todas as certidões necessárias”, declarou.

A reportagem não conseguiu contato com a MPE. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

 

 

 

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