Metrô vota aumento salarial de 35% para diretores 6 dias após incêndio
Atualmente, a remuneração do presidente é de R$ 16,5 mil. O salário passaria a R$ 22,3 mil e ficaria equiparado com o dos secretários do DF
atualizado
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A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) vai votar, nesta quinta-feira (18/1), a proposta de aumento salarial de 35% para os diretores.
O Conselho de Administração do Metrô-DF convocou os acionistas para discutir o reajuste dos cargos diretivos da empresa pública, durante a 30ª Assembleia Geral Extraordinária. A reunião ocorrerá nesta quinta-feira, seis dias após um vagão de um trem do Metrô-DF pegar fogo em Águas Claras e assustar a população.
A proposta do acionista controlado do Metrô-DF, que é o Governo do Distrito Federal, é de aumentar os salários dos diretores em 35%. Atualmente, a remuneração do presidente é de R$ 16,5 mil. O salário passaria a R$ 22,3 mil e ficaria equiparado com o pagamento dos secretários de Estado do DF, segundo o Metrô-DF.
Já os diretores recebem R$ 14,9 mil atualmente, remuneração que passaria a R$ 20,1 mil caso seja aprovada na assembleia.
O Metrô-DF disse, em nota que a proposta de reajuste está em discussão desde junho de 2023 e estabelece a correção na remuneração porque o último reajuste, de 27,7%, ocorreu há 17 anos.
O Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF) criticou a proposta de reajuste salarial dos diretores da companhia.
“Enquanto o governo sempre fala que não há dinheiro para corrigir os salários dos trabalhadores, para os apadrinhados do governador há um grande reajuste e sempre bem acima da inflação. Chega a ser ridículo um reajuste desse, visto que a inflação do último ano não chegou nem a 5%”, afirmou o sindicato.