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#MetaaColher: 71% das vítimas de feminicídio no DF não denunciaram agressor, diz SSP

A Secretaria de Segurança Pública do DF reforça campanha #MetaaColher, no Dia Internacional da Mulher, para incentivar denúncia de violência

atualizado

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1 de 1 imagem ilustrativa violencia contra a mulher nsc total - Metrópoles - Foto: Reprodução/ NSC Total

No Dia Internacional da Mulher, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) reforça a campanha #MetaaColher. O objetivo é alertar a população sobre a importância da denúncia nos casos de violência doméstica.

“A campanha convida a população a repensar a máxima de que ’em briga de marido e mulher não se mete a colher”, disse a SSP-DF.

Segundo a Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP-DF, em 71,1% dos casos de feminicídio a vítima não fez nenhum registro de violência doméstica antes do crime.

“Ocorre que, durante a investigação, dentre essas que não registraram violência, em 48,7% dos casos há informações no processo – a partir de depoimentos de parentes, vizinhos ou amigos  – de que haviam sido vítimas de violência anterior, seja física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual”, afirmou a SSP-DF.

Imagem colorida de campanha com fundo roxo
Campanha #MataaColher

O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, disse que o combate à violência contra a mulher é uma das prioridades do Governo do DF. Segundo Avelar, o feminicídio é um crime de difícil prevenção, porque em 75% dos casos são praticados dentro de casa e quase 80% ocorreram com uso de arma branca ou de fogo.

“A denúncia é essencial para evitarmos que mais crimes ocorram. Durante a investigação dos crimes consumados, foi constatado que quase 65% das vítimas sofria algum tipo de violência. Nossa campanha #MetaaColher expõe que esta é uma luta de todos e convida a população como um todo a denunciar esses casos, até mesmo de forma anônima”, declarou.

Os dados dos femnicídios ocorridos no DF são divulgados por meio de um painel interativo, com objetivo de dar mais transparência sobre os crimes.

“Temos um grande número de acessos, o que endossa a importância da disponibilização desses dados à população, gestores públicos, sistema de justiça, acadêmicos e imprensa. Esta é, sem dúvida, uma forma de e envolver cada vez mais todos os segmentos da sociedade no enfrentamento da violência contra mulher e é essencial para a continuidade de implementação de políticas públicas e campanhas, como a #MetaaColher”, disse o coordenador da CTMHF, Marcelo Zago.

As Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam), uma em Ceilândia e outra na Asa Sul, funcionam 24 horas por dia. E todas as delegacias da Polícia Civil do DF (PCDF) contam com seções para acolhimento especializado.

As denúncias também podem ser feitas na Delegacia Eletrônica da PCDF e por meio dos telefones 197 e 180, além do WhatsApp (61) 98626-1197.

Em casos de emergência, a vítima ou outro denunciante pode ligar para a Polícia Militar do DF (PMDF), por meio do telefone 190.

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