Marcela Passamani deixa Sejus para candidatar-se: “Nova na área”
A advogada e arquiteta Marcela Passamani é pré-candidata a deputada federal. Ela foi secretária de Justiça e Cidadania do DF por dois anos
atualizado
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Dois anos após assumir a chefia da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus), Marcela Passamani deixa o cargo, nesta sexta-feira (31/3), para concorrer a uma vaga de deputada federal nas eleições deste ano.
Em entrevista ao Metrópoles na qual fez um balanço de sua gestão, Marcela disse que mudou a forma como a Sejus se relaciona com a população brasiliense: “Antes, a Sejus era responsável pela área meio, ou seja, fazer política pública, realizar fiscalizações, contato interno para articulações e proteção. Agora, a Sejus faz o atendimento na ponta, cuidando das pessoas e coletando dados e informações”.
Marcela Passamani filia-se ao PL, partido do presidente Bolsonaro
Marcela lançou o programa Sejus Mais Perto do Cidadão, que levou a regiões do DF serviços públicos de forma itinerante. Entre os atendimentos ofertados estão emissão de RG, atividades do Procon e Detran, apoio psicológico e jurídico, vacinação contra a Covid-19 e realização de teste de HIV. No início da pandemia, a Sejus coordenou outro programa, o Hotelaria Solidária, que deu hospedagem em hotel a idosos que não tinham como se isolar dentro de casa.
Após dois anos, Marcela decidiu deixar a Sejus para poder se candidatar pela primeira vez. A legislação eleitoral determina que gestores saiam de suas funções públicas seis meses antes das eleições, prazo que termina neste sábado (2/4).
Marcela filiou-se ao Partido Liberal (PL) em março, durante evento do qual participaram o ex-presidente da República Michel Temer, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador Ibaneis Rocha (MDB). Marido de Marcela há aproximadamente de 20 anos, Gustavo Rocha foi ministro dos Direitos Humanos durante o governo de Temer e, atualmente, é chefe da Casa Civil do DF.
A pré-candidata revelou que sofreu discriminação de gênero e críticas quando tornou-se gestora pública por associarem a sua nomeação no GDF ao marido: “Quando eu cheguei, realmente, tiveram muitas notícias, inclusive no governo. O próprio servidor olhava e falava: ‘Bom, ela é esposa dele. Vamos ver’. Eu falei que não tinha problema e enfrentei essas críticas com trabalho. Quando a gente se propõe a estar representando tantas pessoas, criamos cascas que vão nos protegendo”.
Confira a entrevista na íntegra: