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Mansão da promotora afastada Deborah Guerner vai a leilão no DF

Imóvel avaliado em R$ 2 milhões foi penhorado para garantir o pagamento de R$ 406 mil ao Banco do Brasil. Deborah é alvo da Caixa de Pandora

atualizado

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Leilão
1 de 1 Leilão - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Um dos alvos da Operação Caixa de Pandora, a promotora afastada do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Deborah Guerner sofreu novo revés na Justiça.

Desta vez, por causa de uma dívida de R$ 406.863,90 com o Banco do Brasil. A casa de Deborah, na QI 23 do Lago Sul (foto em destaque), avaliada em R$ 1.956.000, vai a leilão em 17 de março de 2020.

Caso não haja lance no valor da avaliação, será realizado um segundo leilão em 20 de março, no qual as ofertas não podem ser inferiores a 60% da quantia estipulada.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) disse à coluna que o imóvel foi penhorado como forma de garantir o pagamento do débito.

Segundo a Defensoria Pública do DF (DPDF), que representa Deborah nessa ação, o processo refere-se a cumprimento de sentença sobre empréstimo no qual a promotora permanece inadimplente.

A reportagem esteve, na tarde dessa quinta-feira (27/02/2020), na casa que vai a leilão e tocou o interfone, mas não foi atendida. O Banco do Brasil não comentou o assunto.

Quem é

Deborah foi acusada de atrapalhar a Operação Caixa de Pandora. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em julho de 2009, Deborah, com o auxílio e orientação de seu marido, Jorge Guerner, e do então procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, dirigiu-se à residência oficial do ex-governador José Roberto Arruda (PL) para uma audiência.

Na ocasião, a promotora teria ameaçado divulgar uma gravação de Arruda recebendo de Durval Barbosa uma quantia em dinheiro caso não obtivesse um pagamento de R$ 2 milhões. Deborah ainda teria pedido favorecimento para uma empresa na qual seu marido tinha negócios.

Um cofre cheio de dinheiro foi localizado pela polícia enterrado no quintal da casa da então promotora. Deborah teve pena fixada em 5 anos de reclusão em regime semiaberto e 66 dias-multa, além da perda do cargo público.

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também aplicou pena de demissão à Deborah, e o MPDFT chegou a suspender o pagamento de salário, mas a promotora afastada conseguiu liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) garantindo que ela recebesse os vencimentos.

A remuneração de Deborah, com base em informações públicas do MPDFT, é de R$ 33.689,11.

A coluna tentou contato com a defesa de Deborah, mas não recebeu retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

Confira detalhes do leilão:

Reprodução/Silvia Barros

E imagens da fachada da casa:

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