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Major preso diz que ordenou saída do Choque do Congresso para resgatar comandante-geral

Flávio Silvestre de Alencar falou, em depoimento à Polícia Federal, o motivo pelo qual tirou policiais do Choque da via de acesso ao STF

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Tropa de choque da PMDF dispersa manifestação Bolsonarista e faz prisão de alguns manifestantes 6
1 de 1 Tropa de choque da PMDF dispersa manifestação Bolsonarista e faz prisão de alguns manifestantes 6 - Foto: null

O major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Flávio Silvestre de Alencar disse que ordenou a saída do Batalhão de Choque da lateral do Congresso Nacional, durante a invasão de 8 de janeiro, para resgatar o comandante-geral, coronel Fábio Augusto Vieira, e outros policiais feridos.

Imagens do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram o momento em que o major desce de uma viatura e orienta os policiais do Batalhão de Choque posicionados na via lateral do Congresso a saírem da área, deixando o caminho livre para o STF. Em seguida, os extremistas desceram em direção ao Supremo e invadiram o prédio da Corte.

A ação foi filmada por câmeras de segurança do STF. Veja:

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Imagens mostram extremistas avançando rumo ao STF, em 8 de janeiro
Batalhão de Choque se retirou
E a saída do Choque facilitou avanço de extremistas
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Recuo da PMDF teria facilitado invasão do STF

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Imagens mostram extremistas avançando rumo ao STF, em 8 de janeiro

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Batalhão de Choque se retirou

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E a saída do Choque facilitou avanço de extremistas

O major Flávio Silvestre de Alencar foi preso na última terça-feira (7/2). Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que soube do ferimento do então comandante-geral da corporação, coronel Fábio Augusto Vieira, e de outros policiais. Por isso, solicitou ao tenente Martins, que comandava a ação da tropa de Choque, que lhe concedesse quatro viaturas e 16 policiais para acompanhá-lo até o interior do Congresso Nacional.

“Solicitou ao tenente Martins de que lhe dispusesse quatro viaturas do choque, ou seja, dezesseis policiais, para que o acompanhassem até o interior do Congresso Nacional, para resgatar o comandante-geral, assim como outros policiais que ali estariam cercados e feridos”, disse, no depoimento.

O então comandante-geral da PMDF foi ferido durante atuação nos atos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes. Em imagens, o coronel aparece sangrando na região do rosto.

Questionado se considerava que a saída do Choque teria facilitado a invasão do STF, respondeu que os policiais estavam fora da viatura, mas não entraram em confronto com os manifestantes, e que entre 25 a 30 policiais permaneceram no local. Para o major, o Choque não conseguiu conter os manifestantes porque acabaram as munições químicas.

“A retirada dos 16 policiais para lhe acompanhar não prejudicou o confronto com os manifestantes. Que permaneceram no local na via SI ao lado do Congresso Nacional confrontando os manifestantes de 25 a 30 policiais do choque, impedindo que os manifestantes descessem para a praça dos três poderes e chegassem ao STF”, afirmou.

Confronto entre manifestantes e a Polícia Militar

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Presos em flagrante foram encaminhados à Delegacia de Polícia Especializada
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Efetivo insuficiente

Segundo o integrante da PMDF, o número de policiais mobilizados na Esplanada dos Ministérios em 8 de janeiro era insuficiente para conter os manifestantes. Segundo o major, entre 311 policiais sob o seu comando, 178 eram do curso de formação e não tinham qualquer experiência em campo.

Flávio Silvestre de Alencar relatou que o responsável pelo planejamento desse tipo de operação é o Departamento Operacional, que era comandado pelo coronel Jorge Eduardo Naime, também preso na última terça-feira.

O major estava lotado no 6º Batalhão, o Batalhão da Esplanada. Ele afirmou que foi convocado para trabalhar na véspera da manifestação, às 18h, pelo coronel Casemiro, “sem a formalização da escala de serviço”.

Ele disse que o coronel Casemiro lhe passou a missão de distribuir o efetivo no terreno, mas ele sequer sabia a quantidade de policiais. “Posteriormente, foi comunicado pelo coronel Casemiro que lhe seriam designados mais duas companhias por volta das 07 horas da manhã, e ainda os alunos do curso de formação de soldados. Entretanto, novamente, não tinha conhecimento do quantitativo de policiais que compunham as referidas duas companhias e nem a quantidade de policiais que viria do curso de formação”, declarou o major.

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