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Maio registra o menor número de homicídios no DF em 24 anos, diz SSP

Balanço da SSP-DF mostra que o número de vítimas deste crime, em 2023, é o menor para o mês desde o ano 2000

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O número de homicídios no Distrito Federal em maio de 2023 é o menor registrado nos últimos 24 anos. O dado faz parte do balanço da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) divulgado nesta terça-feira (6/6).

De acordo com a pasta, a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e dos homicídios no mês de maio e no acumulado dos primeiros cinco meses do ano vem se mantendo no comparativo com 2022, ano em que o DF atingiu o menor índice de homicídios dos últimos 46 anos.

O levantamento mostra que no mês o número de vítimas de CVLIs (que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) teve 15 registros. No comparativo com o mesmo período de 2022 — ano de redução recorde —, a queda chega a 46,4%, menor desde 2000.

Em relação ao crime específico de homicídios, em maio, foram registrados 14 casos, a menor marca desde 2000 (24 anos), quando foram contabilizadas 37 vítimas, ou seja, 23 vítimas a menos, mesmo com o aumento da população no decorrer de mais de duas décadas. Ao comparar somente com maio do ano passado, a redução foi de 46,1%, de 26 vítimas, em 2022, para 14 este ano.

“Temos buscado, em nossa gestão, integralizar nosso trabalho não só com as forças de segurança, mas com outros órgãos de governo e da sociedade civil, como os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs), por exemplo. Dessa maneira, estamos nos empenhando em atuar de forma estratégica e regional, por meio de estudos e análises das microrregiões”, destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

“Isso nos permitirá aproximar cada vez mais nosso trabalho da realidade da população de cada região administrativa, a fim de compreender quais crimes e desordens estão impactando atualmente a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos”, acrescenta o titular da SSP-DF.

Crimes contra o patrimônio

Os seis crimes contra o patrimônio (CCPs) monitorados de forma prioritária pela SSP-DF estão em queda no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano. Destaque para os roubos a pedestre, com redução de 17,6% no período em comparação ao ano passado, e a transporte, com queda de 36,3% (de 377 para 240) no mesmo recorte.

Os roubos a veículo, a comércio e à residência marcaram, respectivamente, -13,3% (de 682 para 592), -14% (de 315 para 271) e 27,3% (de 121 para 88) de queda no referido recorte. No caso dos furtos a veículo, a redução, no acumulado, foi de 15,3%.

Ao analisarmos somente o mês de maio, cinco dos seis CCPs marcaram queda, os roubos a pedestre (25,4%), de veículo (13,2%), em comércio (29,7%), em residência (45,4%) e o furto em veículo (32,2%).

Violência contra a mulher

Nos cinco primeiros meses deste ano, houve 13 vítimas de feminicídios no DF, sete a mais que no mesmo período do ano passado. Em maio deste ano houve um caso, um a menos que no mesmo mês de 2020, com dois casos.

De acordo com o titular da SSP-DF, o enfrentamento à violência doméstica e, consequentemente, dos feminicídios, precisa ser enfrentada por toda a sociedade com suporte de diversas pastas de governo com atribuições convergentes ao tema.

“Fortalecer o trabalho entre órgãos de governo e sociedade civil é essencial para o enfrentamento da violência contra a mulher. Esta é uma questão prioritária. Na Segurança Pública temos um programa específico sobre essa temática, que une diferentes ações para coibir esse tipo de violência. Temos investido em tecnologia para ampliar e integrar cada vez mais os canais de denúncia e rede de proteção e estamos trabalhando em novas estratégias que visam simplificar e ampliar o acesso das vítimas às nossas tecnologias de proteção”, afirma Sandro Avelar.

Série histórica

Desde 2013, com a implementação de uma política de gestão integrada, os índices de homicídios começaram a cair, ano a ano, chegando, em 2022, ao menor índice dos últimos 46 anos. Em 2023, o número de crimes letais contra a vida segue em queda.

Essa política, estruturada em 2012, possui uma série de mecanismos para fortalecimento de ações integradas entre forças de segurança e governo, aumentando a participação da sociedade e suas instituições na elaboração de políticas públicas e, ainda, de produção sistemática de estudos voltados à análise de microrregiões, com ações cada vez mais pontuais nas cidades.

“De dez anos para cá, essa nova forma de gestão da segurança pública vem se aperfeiçoando e os resultados, consequentemente, sendo alcançados. Podemos afirmar que o DF tem, atualmente, uma política de gestão de segurança pública consolidada e que, naturalmente, deve ser constantemente reavaliada e aperfeiçoada”, finaliza o secretário de Segurança Pública.

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