Mãe de alvo da Falso Negativo morre após sofrer acidente de carro na Bahia
Zuleide Santana Lopes, 51 anos, chegou a ser levada com vida para uma unidade de saúde de Formosa do Rio Preto, mas não resistiu
atualizado
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A mãe de Ramon Santana Lopes Azevedo, ex-assessor da Secretaria de Saúde que foi preso pela Operação Falso Negativo, morreu após se envolver em um grave acidente de carro, ocorrido em 30 de dezembro (quarta-feira), no interior da Bahia.
Zuleide Santana Lopes, 51 anos, chegou a ser levada com vida para uma unidade de saúde de Formosa do Rio Preto, mas acabou transferida para Barreiras (BA) após o quadro clínico agravado, no entanto não resistiu.
Ela viajava acompanhada, com destino a Paraíba (PB), e entre os povoados de Malhadinha e Caraíbas, na BR-135, perdeu a direção do carro e bateu na lateral de um caminhão que seguia no sentido contrário. Com o impacto do acidente, o veículo parou na lateral da pista e a mulher teve um corte na cabeça e escoriações pelo corpo. O acompanhante também sofreu escoriações. O motorista do caminhão não se feriu.
O enterro está marcado para este domingo (3/1), às 8h. Além de Ramon, Zuleide deixa outra filha. O pai do alvo da operação policial sofreu um acidente vascular cerebral em outubro e, atualmente, é cuidado pela irmã de Ramon.
Veja fotos do acidente:
Prisão
Ramon Azevedo foi detido em 25 de agosto e teve a liberdade condicional concedida pela Justiça no dia 16 de novembro. A decisão foi da juíza titular da 5ª Vara Criminal de Brasília, Ana Cláudia de Oliveira Costa Barreto.
O ex-assessor é investigado no âmbito da Operação Falso Negativo, que denunciou irregularidades na aquisição de insumos para o combate à Covid-19. De acordo com os autos, “quando o grupo criminoso possui questões mais delicadas a tratar, cabe a Ramon convocar os integrantes para reuniões pessoais com o [então] secretário de Saúde que, conforme deixam claro, não podem ser discutidas por telefone”.
Os investigadores também apontam a relação próxima do assessor com o então secretário de Saúde. “Ramon tem o controle dos interesses e das ‘encomendas’ do secretário de Saúde, tendo ainda a função de corrigir os erros e ‘limpar’ os rastros cometidos pela organização criminosa.”