Lula “tem compromisso de vetar” teto do FCDF se Câmara mudar texto do Senado, diz Izalci
Senador pelo DF comentou negociações com governo federal para manutenção do Fundo Constitucional sem teto em projeto do marco fiscal
atualizado
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O Metrópoles entrevistou ao vivo, na tarde desta segunda-feira (3/7), o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Durante a conversa, o parlamentar ressaltou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comprometeu-se a vetar eventuais alterações no texto do marco fiscal. O projeto deve chegar à Câmara dos Deputados ainda nesta semana.
Para Izalci, a matéria tem “boas perspectivas” de ser apreciada na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional e seguir sem alterações ao plenário da Câmara dos Deputados até a próxima quinta-feira (6/7).
“Precisamos manter o texto [sem alterações] do Senado. E, se não for cumprido o acordo na Câmara [para esse fim], o presidente da República tem o compromisso de vetar”, destacou.
O senador também comentou a concessão do reajuste salarial de 18%, em duas parcelas, para as forças de segurança do DF. Na semana passada, Lula enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que abre espaço no orçamento para o aumento da remuneração das forças de segurança da capital do país.
Movimentação partidária
Durante a entrevista, Izalci disse ter recebido convites de outros partidos para deixar o PSDB, sigla à qual é filiado há quase 20 anos.
Um dos motivos seria o fato de o PSDB ter visto a bancada no Senado reduzir drasticamente após as Eleições de 2022. “O PSDB estava com nove senadores antes da [última] eleição e perdeu muito. Hoje, estamos com dois”, comparou.
Apesar disso, o parlamentar enfatizou que não pensa em trocar de partido: “Tentamos buscar mais um senador que esteja disposto. Depende muito do estado. Ele tem de ter controle do partido. O PSBD está buscando uma identidade”.
O mandato de Izalci termina em 2026. Com três anos para as próximas eleições no DF, o senador declarou que o futuro político dele depende de articulação e que tem vontade de estar com a “caneta na mão”, em referência ao cargo de governador.
“Tendo uma composição maior, tendo outros partidos que achem que, realmente, meu nome é o melhor que pode concorrer [ao Palácio do Buriti], eu vou. O objetivo foi sempre ter a caneta na mão, porque quem manda é quem a tem. E quem tem a caneta é o governador”, completou.
O senador falou ainda sobre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) na Câmara dos Deputados, por consequências da tentativa de golpe de 8 de janeiro, e sobre as últimas pautas em análise antes do recesso no Congresso Nacional.
Assista à entrevista completa: