Lula diz que houve conivência explícita da polícia em atos terroristas
O presidente afirmou que policiais não fizeram nada no ano passado, quando houve atos violentos na capital, e voltaram a repetir inércia
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer duras críticas contra a Polícia Militar do DF (PMDF) na noite desta segunda-feira (9/1), após um dia de destruição e invasão às sedes dos Três Poderes.
Durante reunião com os governadores e integrantes do Legislativo e do Judiciário, Lula afirmou que foi “obrigado” a tomar uma atitude “forte” porque a “polícia e a inteligência de Brasília negligenciaram” os ataques à democracia registrados nesse domingo (8/1).
“É fácil a gente ver, nas invasões, os policiais conversando com os agressores”, disse Lula, referindo-se a policiais militares filmados inertes durante os atos terroristas.
Lula afirmou que no dia da diplomação, em dezembro, a Polícia Militar acompanhou os atos violentos na capital federal, com incêndio de carros e ônibus, “e nada foi feito”. “Havia uma conivência explícita da polícia, apoiando os manifestantes, mesmo aqui dentro do Palácio”, declarou.
“Soldado do Exército Brasileiro conversando com as pessoas, como se fossem aliados. Até que nós resolvemos tomar uma atitude e fazer uma intervenção na polícia de Brasília, porque o responsável pela segurança estava sob suspeita há muito tempo”, disse Lula.
Lula decretou intervenção federal na área de segurança do DF, na noite de domingo (8/1). Ele nomeou Ricardo Cappelli como interventor. O representante do governo federal será o responsável pelo setor até 31 de janeiro.