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Lucio Costa rechaçou habitações na orla do Lago Paranoá que hoje estão no PPCub

PPCub despreza o plano de Lucio Costa ao criar 9 mil moradias na beira do Lago Paranoá

atualizado

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Projeto de Lucio Costa para o Plano Piloto de Brasília
1 de 1 Projeto de Lucio Costa para o Plano Piloto de Brasília - Foto: Reprodução

O projeto de Lucio Costa para Brasília, aprovado em 1957, rechaça bairros residenciais na orla do Lago Paranoá abrangida pelo Plano Piloto.

O Plano de “Preservação” do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) fere essa característica da cidade Patrimônio da Humanidade e autoriza moradia na orla do Lago Paranoá, na vizinhança do Palácio da Alvorada e do Palácio do Jaburu.

Lucio Costa justificou, no plano de Brasília, que evitou colocar bairros na orla da “lagoa para preservá-la intata, tratada com bosques e campos de feição naturalista e rústica para os passeios e amenidade bucólicas de toda a população urbana”.

“Apenas os clubes esportivos, os restaurantes, os lugares de recreio, os balneários e núcleos de pesca poderão chegar à beira d’água”, enfatizou o arquiteto e urbanista na proposta aprovada no concurso para a criação de Brasília, realizado entre 1956 e 1957. Leia o projeto:

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PPCub prevê mais moradias perto do Alvorada e às margens do Lago Paranoá
Projeto de Lucio Costa para o Plano Piloto de Brasília
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Apreciação do júri sobre a proposta de Lucio Costa para o projeto de Brasília. O concurso do qual Lucio Costa foi vencedor ocorreu entre 1956 e 1957

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PPCub prevê mais moradias perto do Alvorada e às margens do Lago Paranoá

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Projeto de Lucio Costa para o Plano Piloto de Brasília

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Projeto de Lucio Costa para… by Metropoles

Ao aprovar o projeto de Lucio Costa entre 26 concorrentes, o júri apontou “o tamanho da cidade limitado” como uma das vantagens. “Seu crescimento após 20 anos se fará pelas penínsulas e por cidades satélites”, enfatizou. O que o PPCub faz é inverter essa lógica ao permitir mais habitações no Plano Piloto da capital do país, tombada em níveis federal e distrital.

No livro “Relatório do Plano Piloto de Brasília”, publicado em 2018, o então superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Distrito Federal (Iphan-DF), Carlo Madson Reis, concluiu que “o júri estava certo em suas avaliações, pois a cidade decorrente daquele projeto encontra-se consolidada, apropriada pela população e urbanisticamente pujante, cumprindo plenamente o papel de capital do país, com suas virtudes, problemas e contradições, à semelhança das demais cidades do mundo”.

Aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em 19 de junho, o PPCub transforma lotes hoje destinados a clubes em alojamento, no formato de apart-hotéis. Considerando o tamanho dos lotes e o potencial construtivo, esses terrenos poderão abrigar até 27 mil moradores às margens do Lago Paranoá.

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