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Lotado, 2º maior hospital do DF manda pacientes embora e causa revolta

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) orientou pacientes a procurar outra unidade de saúde porque não iria atendê-los

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Prédio branco com janelas verdes
1 de 1 Prédio branco com janelas verdes - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), segundo maior do Distrito Federal, recusou atendimentos e orientou pacientes a procurar outras unidades de saúde, nesta quarta-feira (10/1). O HRSM está superlotado, segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pelo hospital.

A reportagem recebeu relatos de pessoas que procuraram a unidade durante a manhã e tarde, mas não foram atendidas até o início da noite desta quarta-feira. “Falaram que não iriam atender e mandaram um monte de gente embora, para procurar outro hospital”, relatou uma mulher que acompanhava a mãe e pediu para não ser identificada.

Em um vídeo, uma paciente aparece de muletas na porta do hospital revoltada com a orientação do HRSM. “Não é possível. Não acredito nisso. Isso é absurdo, não tem lógica, é sem nexo”, queixou-se. Assista:

O Iges-DF disse que o hospital está superlotado e, por isso, entrou em bandeiramento vermelho. Há 26 leitos no pronto-socorro adulto, mas 73 pessoas estão internadas no momento. No box de emergência, há nove pacientes para sete leitos.

Segundo o Iges-DF, “em momentos sazonais, como o atual, com aumento expressivo de casos de dengue grave, a demanda é intensificada”.”A superlotação, combinada com a necessidade de manter um atendimento de qualidade aos pacientes internados, levou ao bandeiramento vermelho”, afirmou.

O Iges-DF afirma que o HRSM é o hospital de referência para a região sul e atende a mais de 800 mil pessoas. Nesta quarta-feira, segundo o instituto, havia dois médicos clínicos, um cirurgião, um ortopedista e dois pediatras no atendimento do serviço de porta. “No entanto, a clínica médica apresenta bandeiramento vermelho devido à superlotação da unidade”, enfatizou.

“É crucial esclarecer que não houve falta de profissionais na unidade hoje. A equipe médica foi estrategicamente dimensionada conforme as necessidades previstas, assegurando a continuidade e qualidade do atendimento aos pacientes, apesar das condições desafiadoras decorrentes do inesperado aumento da demanda”, disse o Iges-DF.

A mãe da mulher que aguardava por atendimento desde cedo chegou ao local e foi classificada com pulseira amarela. Com o avançar das horas, ela passou por nova triagem e a classificação dela se agravou, para laranja. O Iges-DF informou que paciente não foi definida como prioridade vermelha, “resultando na impossibilidade de atendimento até o momento”. “Isso respeita os critérios de bandeiramento vermelho, que engloba pacientes que chegam por meios próprios, Samu ou Corpo de Bombeiros.”

Após um dia inteiro aguardando por um médico, a família desistiu do HRSM e foi buscar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama. “Ela teve febre a noite toda, está tossindo muito, com falta de ar e dor no pulmão. Estamos com medo de ser pneumonia, porque ela já teve uma vez”, lamenta a filha da paciente não atendida.

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