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Justiça mantém condenação de extremistas por atentado a bomba no DF

A 3ª Turma Criminal do TJDFT manteve a condenação de George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues pelo atentado

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George Washington e Alan dos Santos foram condenados, em 1ª e 2ª instâncias do TJDFT, por atentado a bomba em Brasília - Metrópoles
1 de 1 George Washington e Alan dos Santos foram condenados, em 1ª e 2ª instâncias do TJDFT, por atentado a bomba em Brasília - Metrópoles - Foto: Reprodução

A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a condenação de George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022.

Em acórdão expedido nessa quinta-feira (28/9), os desembargadores decidiram, de forma unânime, manter a condenação da dupla. George foi considerado culpado por explosão e porte ilegal de armas e munição de uso permitido e de uso restrito, e Alan acabou condenado por explosão.

George e Alan foram apontados como responsáveis pela bomba análoga à dinamite colocada no eixo traseiro de um caminhão-tanque de combustível abastecido com 60 mil litros de querosene de aviação. O veículo estava pronto para ingressar no aeroporto, na véspera do Natal.

Veja imagens da ação antibomba:

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Equipe do Esquadrão de Bombas
Artefato explosivo foi encontrado no Aeroporto de Brasília
Polícia atuou para desarmar explosivo achado próximo ao aeroporto
Artefato localizado no aeroporto tinha relógio capaz de acionar a explosão
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Desativação do explosivo mobiliza bombeiros e policiais militares

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Equipe do Esquadrão de Bombas

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Artefato explosivo foi encontrado no Aeroporto de Brasília

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Polícia atuou para desarmar explosivo achado próximo ao aeroporto

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Artefato localizado no aeroporto tinha relógio capaz de acionar a explosão

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Se necessário, um robô dotado de sistema de câmeras poderia ser utilizado para desativar os artefatos explosivos

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Por causa da operação, uma das faixas de via perto do terminal aéreo teve de ser interditada

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Bomba tem dispositivo acionador

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Bomba foi encontrada em via pública

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Equipes de segurança do DF acompanham a ocorrência

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Artefato explosivo estava em área próxima ao Aeroporto de Brasília

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Segundo laudo do Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a bomba tinha carga “eficiente para produzir explosão” e os criminosos tentaram acioná-la antes de os policiais militares iniciarem a Operação Petardo. Porém, houve um problema no sistema de acionamento que impediu a provável tragédia.

“A carga explosiva, isto é, o cartucho de emulsão explosiva, mostrou-se eficiente para produzir uma explosão, quando acionada por mecanismo de iniciação adequado, conforme realizado nos testes de campo”, enfatizou o laudo.

A 3ª Turma Criminal do TJDFT ressaltou que “não há dúvida de que a conduta causou perigo concreto à vida e ao patrimônio”.

Prisões

George foi preso em 24 de dezembro do ano passado, no mesmo dia da tentativa do atentado à bomba. Durante a prisão, a PCDF encontrou um arsenal de armas e explosivos trazido pelo homem à capital federal e que estavam em um apartamento alugado por ele no Sudoeste.

Veja imagens do arsenal apreendido com George:

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Parte do arsenal apreendido pela PCDF
Ele teria trazido a maioria do material do Pará, em uma caminhonete
O arsenal foi encontrado em um apartamento alugado do Sudoeste, área nobre do DF
Bolsonarista foi detido na noite de sábado (24/12) pela PCDF
O empresário confessou ser o dono da emulsão explosiva (espécie de bomba usada em garimpo) colocada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília
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O empresário tem registro de CAC, mas as armas, as munições e os explosivos são ilegais

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Parte do arsenal apreendido pela PCDF

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Ele teria trazido a maioria do material do Pará, em uma caminhonete

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O arsenal foi encontrado em um apartamento alugado do Sudoeste, área nobre do DF

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Bolsonarista foi detido na noite de sábado (24/12) pela PCDF

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O empresário confessou ser o dono da emulsão explosiva (espécie de bomba usada em garimpo) colocada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília

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Munição encontrada com ele

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Ele teria trazido a maioria do material do Pará, em uma caminhonete

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Munição encontrada com ele

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A ocorrência é investigada pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul)

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O artefato foi colocado em um caminhão-tanque que entraria no aeroporto

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Munição encontrada com ele

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O delegado-geral da PCDF disse que a corporação investiga outros envolvidos no planejamento de atentados

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O artefato foi colocado em um caminhão-tanque que entraria no aeroporto. Se explodido, teria provocado uma tragédia, segundo Robson Cândido

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Empresário bolsonarista que planejava um atentado em Brasília com arsenal composto por armas e explosivos

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Malas localizadas no carro do empresário

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George Washington, 54 anos

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Explosivos encontrados com ele pela PCDF

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Com ele foram apreendidos seis explosivos

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George Washington tem registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), é paraquedista e apoiador radical do presidente Jair Bolsonaro (PL)

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Material encontrado com o bolsonarista

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O empresário estava hospedado em um apartamento alugado no Sudoeste

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O homem confessou que estava planejando um atentado para o dia da posse do presidente eleito Lula (PT)

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A defesa de George pediu a restituição das armas e munições apreendidas, solicitação negada pela 3ª Turma Criminal. O desembargador Jansen Fialho enfatizou que as armas e as munições apreendidas constituem instrumentos dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e uso restrito, pelos quais o acusado foi condenado.

“Desse modo, a decretação de perda das armas e munições em favor da União constitui efeito genérico automático da sentença condenatória, previsto no art. 91, II, ‘a’, do CP c/c art. 25 da Lei 10.826/03, na medida em que seu uso e porte foram, comprovadamente, ilícitos.”

Segundo o magistrado, “o fato de a aquisição originária ter sido lícita não afasta a ilicitude posterior de seu uso e porte, tanto assim que resta incurso e condenado na prática dos crimes de porte ilegal de armas e munições de uso permitido e restrito, em concurso formal.”

O outro condenado, Alan Diego dos Santos Rodrigues, foi preso em 17 de janeiro de 2023, após se entregar à Polícia Civil do Mato Grosso, em Comodoro (MT). Ele foi transferido para Brasília em seguida. Veja fotos da chegada de Alan no DF após a prisão:

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Ele teria colocado artefato em um caminhão carregado de combustível
O suspeito estava foragido desde dezembro
O atentado terrorista foi frustrado após o motorista do caminhão fazer uma inspeção no veículo
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Alan dos Santos é suspeito de tentar explodir uma bomba em Brasília

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Ele teria colocado artefato em um caminhão carregado de combustível

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O suspeito estava foragido desde dezembro

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O atentado terrorista foi frustrado após o motorista do caminhão fazer uma inspeção no veículo

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Penas

Houve uma pequena mudança na pena fixada na segunda instância em relação à pena determinada pela 8ª Vara Criminal de Brasília. George foi condenado, inicialmente a 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, mais multa. Agora, a pena foi para 9 anos e 8 meses e 7 dias de reclusão, mantido o regime fechado, mais multa.

Já Alan tinha sido condenado a uma pena de 5 anos e 4 meses de prisão, além de multa. Agora, a condenação ficou em 5 anos, mais multa.

No voto que prevaleceu durante o julgamento, o relator, desembargador Jansen Fialho de Almeida, considerou a motivação política para elevar a pena-base. “Houve tentativa de detonação, não concretizada por erro de montagem, o que demonstra que a motivação era, palavras do corréu, ‘dar início ao caos'”, afirmou, referindo-se a uma fala de George.

Segundo o desembargador, o plano da dupla era colocar uma bomba verdadeiro no estacionamento do aeroporto e outros falsos explosivos na área de embarque. “Evidente que a colocação de bomba nas proximidades de aeroporto potencializa o perigo e justifica a elevação da pena-base”, enfatizou.

George e Alan se conheceram no acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. De acordo com as investigações, eles planejaram previamente o atentado à bomba.

George providenciou a obtenção das emulsões explosivas, oriundas do Pará. Após pesquisas na internet sobre como montar um artefato explosivo, recebeu os itens de pessoas não identificadas e preparou a bomba. Em sequência, a entregou a Alan, responsável por colocá-la no caminhão-tanque.

O outro lado

A advogada de George e Alan, Rannie Karlla Ramos Lima Monteiro, disse que ainda não teve acesso ao acórdão e, quando tiver, poderá comentá-lo.

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