Justiça aceita denúncia do MP e Marinésio vira réu por feminicídio de Genir
O maníaco vai responder por estupro, ocultação de cadáver e homicídio quintuplamente qualificado. A diarista foi morta em junho de 2019
atualizado
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A Vara do Tribunal do Júri de Planaltina aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o maníaco Marinésio dos Santos Olinto, 42 anos, pelo feminicídio de Genir Pereira de Sousa, 47. Com a decisão da Justiça, Marinésio se torna réu.
O MPDFT foi informado, nessa quarta-feira (21/10), sobre a deliberação da Vara do Tribunal do Júri de Planaltina. Segundo as investigações, o cozinheiro estuprou e matou Genir, em junho de 2019. Depois, ele escondeu o cadáver da vítima.
Marinésio vai responder por estupro, ocultação de cadáver e homicídio quintuplamente qualificado. As qualificadoras do assassinato são: motivo torpe, condição do sexo feminino (feminicídio), asfixia, dissimulação e objetivo de ocultar outro crime.
Genir estava em uma parada de ônibus, na DF-250, quando Marinésio se aproximou dela e se ofereceu para transportá-la de carro. A diarista aceitou o convite e entrou no veículo. Após o embarque, o criminoso dirigiu por uma estrada de terra, onde estuprou e matou Genir. O corpo da vítima foi escondido na vegetação, e Marinésio fugiu do local.
Após a Justiça aceitar a denúncia do MPDFT, o próximo passo é a instrução processual, com a oitiva das testemunhas. Depois, o denunciado é interrogado. Após essa etapa, o juiz decidirá se o caso vai a julgamento pelo Tribunal do Júri de Planaltina.
Confira a declaração do promotor de Justiça responsável pela denúncia, Nathan da Silva Neto:
Alívio
A irmã de Genir, Lusileide Pereira de Souza, 37 anos, sente um certo alívio com o andamento do processo. “Quero que ele pague por tudo o que cometeu, pois causou muita dor”, afirmou.
Ela disse ao Metrópoles ter confiança de que a justiça será feita, mas ressaltou a impaciência dos filhos de Genir com a demora no julgamento. “Eles estão ansiosos para ver o Marinésio condenado e apodrecendo na cadeia”, afirmou.
Vítimas
Marinésio é acusado de outros casos que envolvem feminicídio e violência sexual contra mulheres. Ele já foi denunciado e responde na Justiça pelo assassinato de Letícia Curado, ocorrido em agosto de 2019, e por quatro crimes de estupro.
Apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como maníaco em série, o cozinheiro foi condenado a 10 anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 17 anos, numa área isolada do Paranoá, em 2018.