Justiça absolve delegado por crimes de desobediência e sonegação de documentos
Ex-chefe da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) havia sido condenado a dois anos de prisão em maio de 2018
atualizado
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A 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) absolveu o delegado Rodrigo Larizzatti dos crimes de desobediência e sonegação de documentos. A decisão, na tarde desta quinta-feira (21/3), foi unânime.
Acusado de se negar a investigar um caso de estupro e impedir acesso a arquivos sobre uma ocorrência de violência sexual contra uma adolescente quando chefiava a 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), Larizzatti foi condenado a 2 anos de reclusão em maio de 2018.
A decisão, no entanto, foi revista pelo colegiado. Os magistrados entenderam que não houve dolo ou prejuízo às investigações. Reconheceram, ainda, que o efetivo na unidade policial era incompatível com a realidade da região administrativa, o que teria gerado as acusações.
“Estou muito satisfeito. A decisão foi unânime e levou em consideração todos os nossos argumentos. Sempre disse a verdade e coloquei o que de fato aconteceu”, comemorou o delegado.
Para o presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo-DF), Rafael Sampaio, a “justiça foi feita”. “O colega apenas cometeu um erro, um equívoco. Estamos satisfeitos”, disse.
Responsável pela defesa, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF) Juliano Costa Couto afirmou que “a 1ª Turma Criminal do TJDFT concretiza a justiça quando dá provimento ao recurso e absolve por completo os delitos indevidamente imputados ao dedicado delegado Rodrigo Larizzatti”.