Júri vai julgar advogado que atropelou mulher após briga de trânsito
O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem vai responder pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil
atualizado
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O caso do advogado que atropelou uma servidora pública após briga de trânsito, no Lago Sul, será analisado por um júri popular.
Em sentença publicada nesta terça-feira (7/6), o juiz do Tribunal do Júri de Brasília, Frederico Ernesto Cardoso Maciel, decidiu que Paulo Ricardo Moraes Milhomem vai responder pelo crime de tentativa de homicídio qualificado de Tatiana Thelecildes Fernandes Machado Matsunaga, por motivo fútil.
Na manhã de 25 de agosto de 2021, Milhomem atropelou Tatiana na porta da casa dela. O marido e o filho da vítima, de 8 anos, presenciaram toda a cena. O advogado perseguiu a mulher até a residência dela após ambos discutirem no trânsito. Depois do atropelamento, Tatiana teve sequelas e continua sob cuidados médicos em casa.
Veja as imagens e o vídeo do atropelamento:
Servidora atropelada após briga de trânsito tem sequelas neurológicas
Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Milhomem atropelou Tatiana e passou com o carro por cima dela propositalmente.
O advogado alegou, em depoimento à Justiça, que atropelou a mulher sem querer e não tinha intenção de machucá-la. Ele afirmou que “aproveitou o momento em que a vítima chegou um pouco para o lado, tendo a certeza de que ela sairia totalmente da frente quando o veículo passasse”.
Prisão
A perícia apontou que Milhomem poderia ter evitado passar por cima de Tatiana após acertá-la com o carro, segundo descreveu o juiz na sentença. “Tendo em vista as conclusões do laudo pericial e a dinâmica dos fatos, verifico que não se revela de maneira clara, segura e indubitável que o acusado teria agido sem vontade de ceifar a vida da vítima, razão pela desclassificação é incabível nesta fase processual”, destacou o magistrado.
Milhomem está preso desde o dia do crime. A defesa dele pediu reiteradas vezes a soltura do advogado, mas, em todas as ocasiões, a Justiça negou. Na sentença publicada nesta terça-feira, o juiz do Tribunal do Júri de Brasília negou a revogação da prisão preventiva mais uma vez.
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