O juiz de direito do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) Adenito Francisco Mariano Júnior, assessores, advogados e um contador foram alvos de operação autorizada pela Corte, nesta terça-feira (13/8).

Adenito foi afastado da função de titular da comarca de Silvânia (GO), a 85 quilômetros de Goiânia. Após a força-tarefa, a desembargadora do TJGO Nelma Branco Ferreira Perilo determinou o afastamento de dois assessores do magistrado que foram alvo da operação.

O magistrado da Corte é investigado por supostamente cometer os delitos de corrupção, uso de documento falso, fraude processual, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Além disso, os filhos do magistrado teriam movimentado recursos milionários que seriam oriundos de venda de sentenças, segundo as apurações da Polícia Civil (PCGO) e do Ministério Público de Goiás (MPGO).

Nelma Perilo determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelos investigados; autorizou buscas e apreensões no gabinete do juiz, em residências e escritórios associados a ele; e decidiu pelo sequestro de R$ 1 milhão da conta do magistrado e de um dos filhos dele.

A investigação que levou à operação desta terça-feira (13/8) se iniciou, segundo o TJGO, com base em apurações da Corregedoria-Geral da Justiça em parceria do Núcleo de Inteligência da Corte.

“Após extensas diligências investigativas conduzidas pela Polícia Civil e pela Procuradoria Geral de Justiça, autorizadas pelo Poder Judiciário no inquérito judicial, surgiram evidências de possíveis práticas pelo nominado magistrado, [por] assessores, bem como por advogados e contador, de supostas condutas tipificadas no Código Penal como crimes”, detalhou o TJGO.

A presidência do tribunal designou o juiz de direito Fábio Borsato, de Goiânia, para assumir a de Silvânia. E a diretora do foro da comarca de Goiânia, Patrícia Bretas, auxiliará em serviços na Corte do interior goiano.