metropoles.com

Jaqueline Roriz e outros réus livram-se de condenação por prescrição

A Câmara Criminal do TJDFT reconheceu a prescrição. Réus da Operação Aquarela não terão que cumprir pena fixada pela Justiça

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Diogo Xavier/Câmara dos Deputados
Jaqueline Roriz
1 de 1 Jaqueline Roriz - Foto: Diogo Xavier/Câmara dos Deputados

A ex-deputada federal Jaqueline Roriz e outros três réus acusados no âmbito da Operação Aquarela livraram-se das condenações por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, nesta segunda-feira (29/3).

Segundo entendimento unânime da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), houve prescrição da pena.

Na denúncia, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) apontou que o ex-governador Joaquim Roriz, pai de Jaqueline, teria interferido na liberação de empréstimo no BRB, de quase R$ 7 milhões (valor à época), para a construção do Edifício Monet, em Águas Claras. Ainda de acordo com a acusação, o clã Roriz distribuiu 12 apartamentos entre os familiares.

O ex-governador Roriz morreu em 2018. Ele tinha 82 anos.

Além de Jaqueline, foram beneficiados pela prescrição prevista em lei o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura; o ex-dirigente do BRB Antônio Cardozo de Oliveira; e Geraldo Rui. Jaqueline havia sido condenada a 4 anos de prisão, enquanto os outros receberam penas menores.

O relator do processo, desembargador Mário Machado, explicou que, entre a data em que teria ocorrido o crime e a denúncia, passaram-se mais de nove anos. O prazo para prescrição era de oito anos.

“Ultrapassado o prazo de oito anos, reconheço a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva dos acusados Antônio Cardozo de Oliveira, Geraldo Rui Pereira e Jaqueline Maria Roriz. Isso pela prescrição da pena em concreto fixada”, disse o relator, durante o julgamento.

O advogado de Jaqueline, Rodrigo Fernandes de Moraes Ferreira, alegou que “a denúncia é uma peça de ficção”. E citou voto proferido em julgamento anterior, pelo desembargador Sebastião Coelho.

“Ressaltou três pontos fundamentais: não havia prova de qualquer ingerência do ex-governador Joaquim Roriz para viabilização do negócio; não se verificou qualquer irregularidade nos trâmites ou na contratação da operação de crédito e o BRB não experimentou prejuízo em razão do financiamento contratado”, assinalou.

A ex-deputada distrital e irmã de Jaqueline, Liliane Roriz, foi absolvida por maioria do Conselho Especial do TJDFT. Ela era acusada de ter recebido dois apartamentos no Monet, frutos de supostos crimes contra a administração pública praticados pelo pai.

Recurso negado

Os empresários Renato Salles Cortopassi e Roberto Cortopassi Júnior recorreram contra a condenação de corrupção ativa e lavagem, mas tiveram os pedidos negados pela maioria da Câmara Criminal.

Segundo a acusação, os empresários ofereceram vantagem indevida ao ex-governador para que intermediasse a repactuação de empréstimos bancários feitos pela empresa WRJ, de propriedade dos Cortopassi. Em troca, teriam transferido 12 apartamentos do Edifício Monet para netos e filhas do ex-governador.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?