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Intervenção lembra horrores da ditadura com sacos “ensanguentados”

Projeto de extensão do Departamento de História da UnB lembra estudantes que desapareceram durante ditadura e os mais de 8,7 mil mortos

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Fotografia colorida mostra pessoas olhando para intervenção artística no chão
1 de 1 Fotografia colorida mostra pessoas olhando para intervenção artística no chão - Foto: Reprodução

Contra o aniversário de 59 anos do golpe, um projeto de extensão da Universidade de Brasília (UnB) lembra os horrores da ditadura militar. Três trouxas que fazem referência a corpos embalados em sacos brancos ensanguentados foram levados para a Rodoviária do Plano Piloto, neste sábado (1º/4). Elas representam o sumiço de três estudantes da UnB durante a ditadura.

As colagens em pontos específicos da UnB são outro braço da intervenção. Em um monumento da Faculdade de Tecnologia que possui o nome do ex-presidente Ernesto Geisel, os autores colaram um cartaz com a foto dele e a palavra “assassino”.

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Três trouxas foram levadas para a Rodoviária do Plano Piloto, em referência aos três alunos da UnB que sumiram na ditadura
A intervenção também colocou a foto de Geisel em um monumento que leva o nome dele
Intervenção na UnB contra ditadura
Projeto lembra horrores da ditadura
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Intervenção lembra horrores da ditadura com sacos "ensanguentados"

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Três trouxas foram levadas para a Rodoviária do Plano Piloto, em referência aos três alunos da UnB que sumiram na ditadura

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A intervenção também colocou a foto de Geisel em um monumento que leva o nome dele

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Intervenção na UnB contra ditadura

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Projeto lembra horrores da ditadura

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A intervenção foi feita pelo projeto de extensão Memória e Ditadura, coordenado pelo professor do Departamento de História Mateus Gamba Torres e que tem como coordenador adjunto o mestrando em história Nathanael Martins Pereira. A professora Neuma Brilhante, diretora do Instituto de Ciências Humanas, deu a ideia da provocação artística para marcar a data do aniversário dos 59 anos do golpe miitar, em 1º de abril.

“A importância da manifestação surge principalmente de dois fatores: demarcar que o golpe foi dia 1º de abril, e não em 31 de março, e reforçar a data, o golpe e os horrores da ditadura. Por isso, colocamos várias trouxas ensanguentadas no campus da UnB para relembrar os três alunos mortos e as mais de 8,7 mil vítimas da ditadura”, disse Pereira.

Durante o período da ditadura militar no Brasil, três estudantes da UnB desapareceram: Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino. Eles foram dados como mortos.

Outro alunos da universidade foram perseguidos, presos e torturados. A UnB, que concentrava líderes estudantis, foi alvo de quatro invasões, nos anos de 1964, 1965, 1968 e 1977. Em agosto de 1968, integrantes das polícias Militar, Civil, Políticas e do Exército prenderam mais de 500 pessoas na quadra de basquete do campus da Asa Norte. No total, 70 foram presos. Então aluno da UnB, Waldemar Alves foi baleado na cabeça e passou meses em estado grave no hospital.

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