Os dois sindicatos que representam os auditores fiscais da Receita, Sinafite-DF e Sindifisco-DF, alertam que a entrega dos cargos comissionados vai impactar diretamente no início do Refis 2023, previsto para começar em 10 de novembro.
“Os auditores da Receita são os responsáveis por todo o processo de elaboração, parametrização, alteração de sistemas, análise de precatórios e todos os serviços que envolvem o funcionamento e execução deste programa de refinanciamento”, disseram.
Toni Pinto disse que “a quantidade de pedidos de exonerações, de quase 100%, demonstra o grau de insatisfação da carreira de auditoria tributária”.
“Nós tivemos uma evasão no último ano de 40 novos auditores para outros estados em busca de melhores remunerações. Temos a 26ª pior remuneração entre os fiscos estaduais e uma previsão de mais 80 novos auditores novos também migrarem para outros estados nos próximos doze meses, ou seja, depois de passarmos 20 anos sem concurso, poderemos perder 60% desta nova mão de obra no curtíssimo prazo de 2 anos”, afirmou.
Segundo o sindicalista, 100 auditores estão em “abono permanência, com condições de se aposentarem a qualquer momento, o que nos leva a conclusão de que se nada for feito teremos um apagão no fisco distrital.”
Rubens Roriz afirmou que, conforme deliberado em assembleia pelos servidores, “nenhum outro auditor assumirá qualquer cargo enquanto o Governo do Distrito Federal não trouxer uma solução para este problema”.
“Nós estamos diante de um complicador estrutural que poderá ocasionar queda de arrecadação e dificuldades financeiras para o Distrito Federal”, enfatizou.
Em nota, a Sefaz-DF disse que recebeu os representantes da categoria para uma mesa redonda na tarde dessa terça-feira. “As reinvindicações ainda estão sendo avaliadas pela pasta. Até o momento não houve formalização de entrega de cargos”, pontuou.