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Ibaneis sobre relatório final da CPMI: “Estou muito tranquilo”

CPMI do 8 de Janeiro no Congresso Nacional mencionou Ibaneis em relatório final, mas governador do DF não foi alvo de pedido de indiciamento

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Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), comparece à posse da desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso 2
1 de 1 Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), comparece à posse da desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso 2 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Após leitura do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro apontar “necessidade de aprofundamento” das investigações relacionadas ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o emedebista afirmou estar “muito tranquilo” e que terá “paciência” para “esperar o tempo da Justiça”.

“Estou muito tranquilo. Fiz depoimento espontâneo na PF [Polícia Federal], sofri uma busca e apreensão em todos os meus endereços, entreguei meus telefones e computadores, também espontaneamente, e nada foi encontrado contra mim e meus atos. Agora, vou ter paciência e esperar o tempo da Justiça”, afirmou Ibaneis à coluna Grande Angular.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), leu o relatório final na manhã desta terça-feira (17/10). No total, pediu indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento deverá ser votado nesta quarta-feira (18/10).

Ibaneis é mencionado no relatório, mas não ficou entre os alvos de pedido de indiciamento. Apesar de apontar possíveis erros do governador na condução da crise de 8 de janeiro de 2023, os parlamentares entenderam que a CPMI não tem competência constitucional para investigar governadores.

Assim, os integrantes da comissão indicaram a necessidade de aprofundamento nas investigações por parte das autoridades competentes.

Ibaneis chegou a ser investigado pela PF, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, durante 65 dias, ficou afastado do cargo por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar disso, não foi alvo de denúncia até o momento.

O relatório final da CPMI destaca que o governador do DF não autorizou rapidamente o emprego da Força Nacional, liberado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na noite de 7 de janeiro de 2023.

A autorização do governador é obrigatória nesses casos e só ocorreu no fim da tarde de 8 de janeiro, data dos atos antidemocráticos.

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