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Ibaneis envia à CLDF indicação de Gilberto Occhi para presidência do Iges-DF

O ex-ministro da Saúde e ex-presidente da Terracap foi escolhido para gerir o Iges-DF após a recente demissão do diretor-presidente

atualizado

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Elza Fiuza/Agência Brasil
Gilberto Occhi
1 de 1 Gilberto Occhi - Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), enviou à Câmara Legislativa (CLDF) a indicação de Gilberto Occhi para a presidência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).

Por determinação legal, o candidato ao cargo precisa ser sabatinado pelos parlamentares, mas há entendimento do governo de que ele pode assumir a função antes dessa etapa. Também é preciso que o Conselho de Administração do Iges-DF aprove o nome.

A mensagem foi encaminhada ao presidente da CLDF, Rafael Prudente (MDB), nesta terça-feira (9/2). O documento é acompanhado do currículo de Occhi. A coluna Grande Angular adiantou, em reportagem publicada na segunda-feira (8/2), que o ex-ministro da Saúde seria o próximo diretor-presidente do Iges-DF.

“Cumprimentando-o cordialmente, tenho a honra de submeter à consideração de vossa excelência e de seus ilustres pares, deputados da Câmara Legislava do Distrito Federal, o nome do senhor Gilberto Magalhães Occhi para ser conduzido ao cargo de diretor-presidente do Iges-DF”, escreveu Ibaneis.

O Iges-DF é mantido com dinheiro público por meio de repasses da Secretaria de Saúde. O instituto é responsável pela gestão do Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e das unidades de pronto atendimento (UPAs) da capital federal.

Currículo

Occhi foi ministro da Saúde, entre abril de 2018 e janeiro de 2019, e presidente da Caixa durante a gestão de Michel Temer (MDB). Antes, ele foi ministro das Cidades e ministro da Integração Nacional do governo de Dilma Rousseff (PT).

Após o fim do mandato de Temer, Occhi passou a atuar em âmbito local e foi escolhido por Ibaneis para a chefia da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), estatal que funciona como agência imobiliária da capital. O ex-ministro permaneceu no cargo por um ano e saiu em dezembro de 2019.

Além da experiência em diversos postos do primeiro escalão do governo federal, Occhi é considerado nos bastidores de Brasília como um quadro político ligado ao PP. A volta dele para uma função de destaque ocorre dentro do contexto de apoiamento de Ibaneis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, na semana passada, saiu vitorioso da articulação que garantiu a Arthur Lira (PP-AL) a presidência da Câmara dos Deputados.

“Preciso dar uma bela de uma organizada no Iges, que acabou tendo sua gestão prejudicada no contexto de atropelo da pandemia. O Gilberto terá toda a capacidade para tocar este projeto importantíssimo da saúde”, disse o governador à coluna, na segunda-feira.

Mudanças

O Conselho de Administração do Iges-DF afastou o então presidente do instituto, Paulo Ricardo Silva, durante reunião na última quinta-feira (4/2).

Quinze dias antes, diretores do instituto fizeram uma moção de protesto e repúdio, na qual afirmaram que Silva “não possui condição e competência de gestão para permanecer no cargo”.

A diretoria executiva fez críticas às ações do então gestor, como contratação sem “requisitos mínimos para ocupação do cargo” e a recusa em demitir o superintendente do Hospital de Base, Lucas Seixas, que foi condenado pela morte de uma paciente.

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