Hospital de Campanha do Mané começa a receber pacientes no dia 20
Em junho, local terá leitos de UTI para receber vítimas do novo coronavírus. Ibaneis afirmou que atraso se deu para seguir regras
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB), na visita que fez ao Hospital de Campanha montado no Mané Garrincha, confirmou que a inauguração será na semana que vem. A intenção é fazer com que o espaço, que tem 20 leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI), 173 de enfermaria e quatro de sala vermelha (para reanimação), comece a receber pacientes vítimas do novo coronavírus no dia 20 de maio.
O chefe do Executivo local justificou o atraso para a entrega do Hospital de Campanha, inicialmente previsto para o dia 14 de abril. “Nós estamos fazendo licitação, compra de equipamentos. Nós temos que seguir todas as regras”, considerou.
Segundo Ibaneis, há estados brasileiros com operações policiais por causa de erros que aconteceram para a implementação de iniciativas com essa.
“É muito melhor a gente ter um erro programado com a questão da data do que um acerto desregrado. E temos visto outros estados que compraram e não receberam. Compraram com preço elevado e está cheio de gente na cadeia”, afirmou.
De acordo com o governador, apesar da extensão do prazo inicial para finalização da unidade, a população não ficou sem atendimento. E no caso do Hospital de Campanha, serão 100 leitos no dia 20/05, mais 73 leitos em 30/05 e a operação plena incluindo as UTIs em 10 de junho.
Ibaneis disse que existe que a Secretaria de Saúde monta um plano para tirar os doentes mais leves dos hospitais para levar ao Hospital de Campanha de forma que os hospitais e os especialistas lidem com os casos graves. “É mais fácil a gente trazer aqueles doentes mais leves para cá para fazer um acompanhamento e deixar aqueles casos mais graves com os especialistas que já estão no Hran [Hospital Regional da Asa Norte]”, afirmou.
Equipamentos
O subsecretário de Infraestrutura, da Secretaria de Saúde, Isaque Albuquerque, afirmou que já chegaram ao Mané Garrincha alguns equipamentos para os leitos do Hospital de Campanha, como bombas de infusão, desfibriladores e raio-x portáteis capazes de fazer exame de imagem do paciente na cama.
Os respiradores, essenciais para os leitos de UTI, devem ficar disponíveis a partir de 10 de junho, na terceira etapa de abertura da unidade de saúde improvisada para o enfrentamento à Covid-19.
“A gente pretende abrir os leitos menos graves neste momento para que haja integração de toda equipe com um fluxo da estrutura”, explicou.
“Em seguida, os leitos de UTI estarão disponíveis. Não necessariamente estarão em uso, como o governador falou. Esse leito é prevendo que algum paciente que estava na ala de enfermaria tenha uma complicação e venha para cá. Não é a pretensão, neste momento, tirar paciente de UTI de um hospital e trazê-lo para cá”, afirmou.
São R$ 79 milhões para a gestão dos 197 leitos e mais R$ 5 milhões pagos para adaptação da arena para receber a estrutura hospitalar
Unidade em Ceilândia
Ibaneis aproveitou a visita para anunciar a construção de um hospital direcionado a pessoas com coronavírus em Ceilândia. A unidade de saúde terá 60 leitos.
Após a pandemia, a unidade vai funcionar como o Hospital Materno-Infantil da região administrativa. A inauguração de um hospital dessa natureza já era um plano do governo.
Ibaneis lembrou que o Sistema S alugou o prédio do CICB (Centro de Convenções Internacional do Brasil) para erguer um hospital também para receber pacientes com a Covid-19.