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Hospital de Base alerta para início da 2ª onda da Covid-19 no DF e define esvaziamento

De acordo com cronograma do superintendente Lucas Seixas, a unidade de saúde deverá operar com 50% da capacidade a partir de 16 de janeiro

atualizado

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JP Rodrigues/ Metrópoles
Emergência do Hospital de Base
1 de 1 Emergência do Hospital de Base - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

O Hospital de Base do Distrito Federal, maior unidade de saúde da capital do país, será esvaziado e deverá operar com 50% da capacidade a partir de janeiro de 2021, segundo o Protocolo de Desospitalização do HBDF. A medida foi tomada diante do avanço da pandemia do novo coronavírus no DF.

Superintendente do Hospital de Base, Lucas Seixas assinou, nesse domingo (20/12), o documento que alerta para início da 2ª onda da Covid-19 e a possibilidade de isso ocorrer no DF no 1º trimestre de 2021. Segundo o médico, embora haja previsão para aplicação da vacina, o imunizante “somente atingirá volume significativo de imunizados no meio do ano”.

O cronograma prevê metas e prazos para a redução da ocupação. Entre esta segunda-feira (21/12) e 31 de dezembro, o Hospital de Base deverá operar com 80% de ocupação. Entre 1º e 11 de janeiro, o percentual será reduzido para 70%. Na próxima fase, de 12 a 15 de janeiro, a ocupação deverá estar em 60%. A capacidade deve chegar a 50% em 16 de janeiro. O término estabelecido para o protocolo não é exato, indicando apenas “até o final da 2ª onda” como data-limite.

O superintendente do Hospital de Base afirmou, no documento, que a taxa de transmissão está acima de 1.30 na maior parte das regiões do DF. Esse indicador, responsável por medir o número médio de pessoas infectadas por um indivíduo, aponta o início da 2ª onda, segundo Seixas. “De forma clara, será demonstrada a retomada da pandemia da Covid-19 no Brasil”, comentou.

“Torna-se urgente a tomada de medidas de controle ainda na fase inicial da 2ª onda, para, assim, evitar consequências graves, como a saturação dos nossos leitos, a contaminação intra-hospitalar e um maior número de mortes por falta de atendimento adequado e de insumos”, assinalou Lucas.

O Hospital de Base é referência para pacientes oncológicos, neurocirúrgicos, politraumatizados e de outras especialidades. Seixas citou que as autoridades em saúde orientam evitar cruzamento de fluxos ou de pacientes contaminados em Alas “Free Covid-19” (sem Covid-19, em tradução livre) e de pacientes não contaminados em Alas Covid-19, a fim de que não ocorra disseminação do coronavírus dentro da unidade.

Segundo o protocolo do Hospital de Base, o acesso às UTIs para pacientes sem Covid-19 será precedido de exame PCR, análise clínica e radiografia de tórax. Não será utilizado o teste sorológico.

Nas áreas de isolamento, dois médicos farão plantão noturno de 12 horas e fisioterapeutas trabalharão até a 0h. O time de resposta rápida ainda contará com enfermeiros lotados nos setores correspondentes que já tiveram treinamento e também passarão por novas capacitações. O superintendente autorizou a mobilização de mais funcionários, caso seja necessário, até corrigir o déficit em determinado local.

Desde o início da pandemia, o DF notificou 244.243 contaminações e 4.145 óbitos em decorrência da doença. A média móvel de mortes ficou em 11,2 nesse domingo, o que representa aumento de 11% em relação aos últimos 14 dias.

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