Homem que tentou matar sócio da mulher se entrega após 40 dias
O autor teria tentado se vingar por Jacomet não aceitar as tentativas dele de ganhar dinheiro por meio de interferência nos negócios
atualizado
Compartilhar notícia
O homem que tentou matar o sócio da mulher em Querência (MT), no dia 25 de janeiro, se entregou à Polícia Civil do Mato Grosso nessa terça-feira (5/3), após 40 dias foragido.
Roberto Carlos de Souza Filho, 33 anos, atirou quatro vezes contra o empresário Everton Jacomet, 46 anos. O autor teria tentado se vingar por Jacomet não aceitar as tentativas dele de ganhar dinheiro por meio de interferência nos negócios.
Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito disse que “sempre anda armado” e que atirou contra a vítima após a esposa ter sido xingada. Roberto afirmou que Jacomet ameaçou matá-lo e, por isso, ele atirou.
A Vara Única de Querência manteve a prisão preventiva de Roberto, em decisão expedida nesta quarta-feira (6/3). O juiz Thalles Nóbrega Miranda Rezende de Britto disse que a decretação da prisão “não se baseou em meras suposições, revelando-se como a medida mais adequada ao caso concreto”.
O magistrado citou que a prisão preventiva considerou a gravidade da conduta do suspeito, que teria premeditado o crime. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Roberto teria tido desavença com Jacomet no escritório da vítima, depois foi para casa, pegou uma arma de fogo e efetuou quatro disparos contra Jacomet. Em seguida, fugiu.
A Polícia Civil de Mato Grosso informou que o investigado foi encaminhado à penitenciária regional Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (MT).
“A vítima é sócio de um empreendimento comercial de insumos agropecuários na cidade junto com a esposa do investigado. Na data do crime, autor e vítima tiveram uma discussão seguida da tentativa de homicídio”, disse a PCMT.
O delegado de Querência, Dionys Zanotelli, disse que o investigado apresentou a versão dos fatos e que o inquérito policial está praticamente concluído. Veja:
Advogado de Jacomet, Thiago Machado disse que “Roberto somente compareceu à delegacia 40 dias depois do fato, quando viu que a Polícia Civil já sabia do seu paradeiro e o cerco já estava se fechando, inclusive porque várias pessoas de Querência estavam mobilizadas compartilhando informações para sua prisão”.
“Ademais, o próprio Roberto, sem qualquer pudor, demonstrou ser pessoa perigosa, já que fez questão de informar em seu interrogatório que ‘sempre anda armado’”, afirmou o advogado da vítima.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Roberto. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.