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Disputa familiar por herança de ex-artilheiro vai parar nos tribunais

Com chuteiras de ouro e troféus do futebol candango, herança do maior artilheiro do DF se tornou alvo de disputa judicial entre familiares

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Imagem colorida de homem com camisa branca segurando uma bola de futebol. Briga por herança - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem com camisa branca segurando uma bola de futebol. Briga por herança - Metrópoles - Foto: Reprodução

Com chuteiras de ouro e os principais troféus da história do futebol candango, as casas deixadas como herança por João Jerônimo de Moura eram verdadeiros museus do esporte no Distrito Federal. Joãozinho, como o atleta era conhecido, foi o maior goleador do futebol da capital federal. Quando morreu, em 2021, além do legado desportivo, o homem deixou imóveis e prêmios. Agora, a divisão do patrimônio, avaliado em R$ 680 mil, é motivo de uma intensa briga judicial, após um filho, fruto de outro relacionamento do artilheiro, ter sido deixado de lado.

Joãozinho morreu em abril de 2021 por complicações provocadas pela Covid-19. Seu patrimônio, acumulado em imóveis, títulos e troféus, foi conquistado no decorrer da gloriosa carreira que trilhou nos gramados. A herança foi direcionada a nove filhos. Um deles é Gabriel Lucas de Oliveira Moura, fruto de um rápido e antigo namoro do artilheiro. Apesar disso, o jovem sempre foi reconhecido pela família e levava o nome do pai na certidão de nascimento.

Leia também: A herança milionária que colocou uma família inteira em pé de guerra

A existência de Gabriel era de conhecimento dos outros filhos e da última esposa do jogador. Aconteceu que, após a morte de Joãozinho, o jovem aguardou “paciente e respeitosamente” a realização do inventário. Porém, não sabia que a partilha dos bens já tinha sido realizada por Clayton dos Santos Moura, primogênito do atleta, e a madrasta dele, Lucileide Rodrigues Moraes.

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Joãozinho, como o atleta era conhecido, é o maior goleador do futebol da capital federal
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Nome de Gabriel é citado em livro como um dos filhos de Joãozinho

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Herança “roubada”

“Fiquei me sentindo roubado. Lesado é leve diante de um certidão de óbito que consta o nome do meu genitor, onde o declarante, que se diz meu irmão, declarou outros sete irmãos e, tendo conhecimento de mim, não me colocou. Senti roubado quando descobri que não tinha mais nada, que tudo já tinha sido vendido sem meu conhecimento”, conta o homem.

De acordo com o processo judicial, indicado pela advogada do filho excluído, Clayton estaria na posse dos imóveis, sendo, por força de lei, o primeiro responsável em proceder com a abertura do inventário. No total, o patrimônio deixado gira em torno de R$ 680 mil.

A herança inclui:

  • Uma casa na Colônia Agrícola 26 de setembro, avaliada em R$ 100 mil;
  • Uma casa na Colônia Agrícola Arniqueira, avaliada em R$ 450 mil;
  • Um lote situado na SHA, avaliado em R$ 130 mil;
  • Títulos e troféus recebidos no decorrer da carreira profissional de Joãozinho; e
  • Indenizações de processos trabalhistas de ações ainda em curso na Justiça.

O primogênito, supostamente, não realizou o inventário judicial de maneira correta e vendeu os imóveis, excluindo o irmão e distribuindo o dinheiro do patrimônio vendido com a madrasta. De acordo com a acusação, o total do montante repassado aos outros filhos, com exceção de Gabriel, seria um valor menor do que foi arrecadado com as vendas.

“Lucileide, igualmente e indevidamente, beneficiou-se da partilha ilegal, pois recebeu valores das negociações que lhe são indevidos tanto pela forma ilícita com que foram alienados, sem a existência de inventário ou de inventário sem a inclusão do autor, herdeiro necessário, seja pelo fato de não ser sucessora legítima”, alega o processo judicial contra os envolvidos.

“O que eu desejo que aconteça é que os bens sejam retomados, com a nulidade das vendas sem minha assinatura e conhecimento, e que tudo seja dividido como deveria ser”, afirma Gabriel.

Defesa

O Metrópoles acionou as defesas de Clayton dos Santos Moura e Lucileide Rodrigues Moraes. Porém, os advogados não haviam respondido aos questionamentos da reportagem até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

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