Grupo lança manifesto crítico à retomada das atividades comerciais no DF
Texto “em defesa da vida” é assinado por dois ex-governadores: Rodrigo Rollemberg (PSB) e Cristovam Buarque (Cidadania)
atualizado
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Críticos às medidas adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, políticos, advogados, jornalistas e representantes da sociedade civil lançaram um manifesto “em defesa da vida no Distrito Federal e no Brasil”.
O texto é assinado por dois ex-governadores: Rodrigo Rollemberg (PSB) e Cristovam Buarque (Cidadania). Também endossam o documento, um senador pelo DF José Antônio Machado Reguffe (sem partido); dois deputados federais, Erika Kokay (PT) e Israel Batista (PV); e quatro distritais, Fábio Felix (PSol), Leandro Grass (Rede Sustentabilidade), Arlete Sampaio (PT) e Chico Vigilante (PT).
“Este é um manifesto de cidadãs e cidadãos do Distrito Federal em defesa do isolamento social, da saúde e da vida, que não podem estar sujeitas a atitudes que desprezam a ciência e servem a interesses políticos e econômicos”, conclui o texto com críticas a Ibaneis Rocha (MDB) e ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
O principal alvo do texto é a reabertura das atividades comerciais na capital do país. Um site foi lançado para colher novas assinaturas.
O texto elogia a postura de Ibaneis no início da pandemia, quando se tornou o primeiro governador do país a adotar medidas de restrição, mas depois evolui para críticas. “Aqui em Brasília, Ibaneis tomou inicialmente as medidas necessárias para impedir a rápida disseminação do vírus, e os primeiros resultados foram positivos. Mas, ainda em fins de março, iniciou uma injustificável e irresponsável flexibilização do isolamento social.”
O grupo ainda versa sobre a situação supostamente caótica vivida por médicos, enfermeiros e outros profissionais da linha de frente do combate à doença.
“Profissionais de saúde e suas entidades representativas têm denunciado diariamente a ausência de condições adequadas de trabalho nas unidades da rede pública, onde faltam equipamentos de proteção, medicamentos e outros insumos essenciais para o combate à pandemia. O governo, em sua prepotência, simplesmente nega”, diz o comunicado.