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Greve no BC cresce, adia Pix Automático e impacta atividades pré-Copom

Pix Automático, modalidade similar ao débito em conta, seria lançado em novembro, mas o prazo precisará ser adiado, segundo funcionários

atualizado

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Prédio do Banco Central no Setor de Autarquias Sul - Brasília - DF 04/11/2015
1 de 1 Prédio do Banco Central no Setor de Autarquias Sul - Brasília - DF 04/11/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A greve dos servidores do Banco Central ganhou adesão de mais profissionais. O movimento dos funcionários que cobram valorização profissional por meio de reajuste salarial e reestruturação da carreira tem levado ao adiamento de lançamentos importantes e cancelamento de eventos.

Banco Central atrasa pagamento de contratos e culpa greve

A coluna apurou que um dos principais efeitos da greve é o adiamento do lançamento do Pix Automático, previsto inicialmente para novembro deste ano. A modalidade funcionaria de forma similar ao débito em conta, mas sem depender de convênios com bancos. Havia previsão de que esse recurso implicaria redução no custo para empresas de telefonia e concessionárias de energia, por exemplo.

Escolas, faculdades e condomínios, que não utilizam o débito automático em razão do custo operacional, poderiam aderir ao Pix Automático.

A equipe responsável pelo Pix já comunicou formalmente ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que não será possível lançar o Pix Automático ainda em 2022.

O Fórum Pix, que discute assuntos relacionados a pagamentos instantâneos e que conta com a participação de representantes de diversas instituições, teve a reunião de 23 de junho cancelada. Antes, o encontro do dia 17 do mesmo mês também havia sido suspenso.

Outra agenda cancelada em função da greve é a Reunião Ciclo de Projeção, encontro interno de preparação para o Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros. Geralmente, a reunião conta com a presidente do BC e todos os diretores. O evento ocorreria nesta sexta-feira (10/6). O Copom está marcado para as próximas terça (14/6) e quarta-feira (15/6).

Adesão

Os trabalhadores do Banco Central entraram em greve em 1º de abril, suspenderam a paralisação no dia 20, e a retomaram no último 3 de maio. Entre as principais reivindicações, constam o reajuste salarial de 27% e a criação da Retribuição por Produtividade Institucional.

O número de chefes adjuntos e consultores (os terceiros no nível de hierarquia no BC) que aderiram à greve chegou a 80, nesta quinta-feira (9/6), segundo levantamento interno de servidores ao qual a coluna teve acesso. A quantidade representa 80% do total de funcionários dessas funções. No total, 1,2 mil servidores participam do movimento grevista.

A categoria diz que outros aumentos remuneratórios em andamento – como o reajuste do Tribunal de Contas da União (TCU), de 13,5%, e o bônus de sobreaviso da Polícia Federal, estimado em R$ 6,5 mil – ampliarão a diferença de salários do BC em relação a outras instituições.

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