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Greve dos professores: GDF pede à Justiça para dobrar multa e bloquear R$ 3 mi em contribuição sindical

A Procuradoria-Geral do DF protocolou nova solicitação ao TJDFT em que solicita multa diária de R$ 600 mil pela greve dos professores

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Milena Carvalho / Metrópoles
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1 de 1 foto-GDF-não-fará-nova-proposta-para-fim-da-greve-dos-professores - Foto: Milena Carvalho / Metrópoles

O Governo do Distrito Federal pediu à Justiça para dobrar a multa diária aplicada à greve dos professores, de forma que o valor da penalidade chegue a R$ 600 mil.

O GDF também solicitou autorização para reter, por mês, R$ 3 milhões em contribuição sindical feita pela Secretaria de Educação ao Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF). O objetivo seria garantir o pagamento da multa.

No pedido protocolado nesta segunda-feira (22/5), a Procuradoria-Geral do DF (PGDF) disse que o Sinpro-DF adotou “postura afrontosa ao Judiciário” e tem causado “inestimáveis prejuízos à população”.

A greve dura 19 dias. O movimento foi declarado abusivo pelo desembargador do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) Roberto Freitas Filho, em decisão expedida no último dia 7 de maio.

O magistrado determinou o imediato retorno dos professores às salas de aula, mas a categoria decidiu manter a paralisação por tempo indeterminado. O magistrado fixou em R$ 300 mil a multa por cada dia de greve.

Os professores cobram melhorias de condições salariais e de trabalho, com reestruturação da carreira e incorporação de gratificações aos salários.

À Justiça, a PGDF alegou que os servidores mantiveram a paralisação mesmo após o GDF aprovar aumento de 18% dividido em três parcelas anuais de 6% e propor incorporação de gratificação à remuneração.

Oferta

O Executivo local ofereceu ao Sinpro-DF, para encerrar a greve, o pagamento da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) na folha de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas.

O benefício seria pago em seis parcelas, até 2026: uma a cada semestre, a partir de 2024. O impacto total da incorporação seria de R$ 676 milhões aos cofres públicos.

Outras melhorias salariais, com impacto aproximado de R$ 10 milhões, estiveram na mesa de negociação entre governo e educadores.

O Sinpro-DF e representantes do governo retomarão a negociação em reunião marcada para esta quarta-feira (24/5). No entanto, o GDF reforçou que, além dessa, não apresentará novas propostas ao Sinpro-DF.

O diretor do Sinpro-DF Samuel Fernandes disse que “não é a Justiça que vai definir o fim da greve, e, sim, a categoria em assembleia”.

“Teremos reunião com o governo nesta quarta-feira e, na quinta-feira, faremos assembleia-geral. O fim da greve está nas mãos do governo. Por isso, é de fundamental importância que essa reunião de quarta-feira dê avanço nas negociações”, afirmou.

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